FIEAM recebe visita de comitiva do Pronac para falar sobre Lei Rouanet

Precisamos conhecer mais sobre a lei e explorar seus benefícios”, frisa Nelson Azevedo.

MANAUS — O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, recebeu nesta quarta-feira, 17, a visita da coordenadora geral de articulação e gestão do Pronac (Programa Nacional de Apoio à Cultura da Lei Rouanet), Erika Freddi, e comitiva com o objetivo de desmistificar o que é a Lei Rouanet e como se dão os investimentos.

“O nosso objetivo aqui, na FIEAM, é justamente sensibilizar esses nossos pares tão importantes e que são fundamentais na execução da lei, que são as pessoas que aportam os recursos. Mostrar o quanto é simples e vantajoso para as empresas investirem nos projetos e que, na verdade, elas estão simplesmente fazendo uma renúncia do que já é o imposto devido das empresas no lugar de pagar governo”, ressalta a coordenadora.

Freddi explica que em vez de destinar esses 4%, que as empresas têm de possibilidade de investimento, invista em projetos culturais. “O potencial do Amazonas é gigantesco, temos muitas empresas de lucro real que se enquadram dentro dos objetivos da lei, que podem fazer esses aportes, e a gente está aqui para fomentar não só a produção cultural local, quanto incentivar e desmistificar a aplicação do uso da lei nesse estado, que é tão importante”, disse.

O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, disse que conhecer os processos da Lei Rouanet é de grande importância para a indústria amazonense. “Hoje só escutamos falar que a lei só contribui para os artistas renomados, e que na verdade, não é assim que funciona. Precisamos conhecer mais sobre a lei e explorar seus benefícios”, frisa Azevedo.

Segundo a coordenadora do Pronac, foi feito um levantamento rápido que em torno de 10% do que as empresas daqui investem são para projetos locais, talvez 6%, é uma fração muito pequena. “a gente vê muita empresa sediada aqui no estado do Amazonas investindo em projetos que estão sendo executados em São Paulo, Rio, no Nordeste. E o que a gente quer é demonstrar para essas empresas a importância deles investirem nos projetos da região, nos projetos do estado e nos projetos da região norte”, esclarece.

Freddi, diz que nesse sentido, existe a possibilidade de trazer a Lei Rouanet Amazonas para cá. “O nosso secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural, Henilton Menezes, vai estar presente aqui em setembro e vai trazer mais detalhes. É importante mobilizar o empresariado local para que participem desse encontro, que vão ter grandes surpresas com relação à importância e à facilidade que é utilizar a lei em prol dos projetos culturais aqui do Estado”, afirma Freddi.

A Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC), que é o órgão colegiado que aprova os projetos que são submetidos à Lei Rouanet, vai estar no Amazonas, especificamente em Manaus, nos dias 11, 12 e 13. No dia 12 de setembro, será realizado um fórum como objetivo de esclarecer como se usa a lei para os fazedores de cultura da região.

“Nós teremos palestras, oficinas, encontros setoriais e também faremos a mobilização na outra ponta, tão importante que é a dos empresários. E mostrar para eles a facilidade que é se investir em projetos e desmistificar um pouco de como é a aplicação da lei e assim fomentar a produção cultural local”, disse a coordenadora.

O encontro contou ainda com a presença de Renée Veiga, chefe de gabinete da FIEAM, Ruan Otávio, coordenador do Ministério da Cultura do Amazonas, Tamires Lima, da Secretaria de Estado e Cultura e Economia Criativa (SEC), Getúlio Henrique Lima, membro das artes cênicas (1º suplente) da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, Diogo de Carvalho, coordenador do Ministério da Cultura, e Marcelo Dias, chefe de departamento da SEC.