Festival de Parintins não paga os direitos autorais aos compositores

Nos últimos 10 anos, a dívida do festival já acumulou um valor estimado de R$ 4 milhões.

O Festival de Parintins é, sem dúvida, uma das manifestações culturais mais importantes do país, reunindo, no estado do Amazonas, grandes tradições, grandes marcas e milhares de pessoas de várias partes do Brasil.

Neste evento, todo mundo sai ganhando: comércio, hotéis, a cidade, os organizadores, os patrocinadores. Menos os compositores das músicas tocadas na festa, que continua inadimplente com os direitos autorais.

O primeiro ajuizamento foi referente às edições de 2015 a 2019. E, nos últimos 10 anos, a dívida do festival já acumulou um valor estimado de R$ 4 milhões,

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem a missão de arrecadar e distribuir os direitos autorais de execução pública musical no Brasil. Nosso trabalho é essencial para garantir que os criadores de música sejam justamente remunerados pelo uso de suas obras, promovendo a sustentabilidade da indústria musical e a valorização da cultura. Além de previsto em lei, este pagamento é essencial para que eles continuem vivendo da música.

Em 2023 foi distribuído um total de R$ 1,3 bilhão em direito autoral, para mais de 323 mil titulares. E nenhuma parte desse montante veio do Festival de Parintins. É por isso que viemos pedir a ajuda do público e dos patrocinadores para fazer pressão em cima dos organizadores do evento, para que os compositores das canções que animam o nosso festival finalmente tenham essa situação resolvida.