Faustão recebe novo coração em cirurgia de transplante no Hospital Albert Einstein

A cirurgia aconteceu no início da tarde e durou cerca de 2h30.

O apresentador Fausto Silva, conhecido popularmente como Faustão, passou por uma cirurgia de transplante cardíaco neste domingo, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Aos 73 anos, Faustão recebeu um novo coração após ter sido internado na UTI do hospital no início de agosto devido a uma insuficiência cardíaca. A equipe médica, liderada pelos doutores Fernando Bacal, cardiologista, e Miguel Cendoroglo Neto, diretor médico e de serviços hospitalares, confirmou a operação bem-sucedida.

Segundo o comunicado emitido pelos médicos, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo foi acionada durante a madrugada para iniciar a avaliação da compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B de Faustão. A cirurgia teve início no início da tarde e durou aproximadamente 2 horas e meia. Atualmente, o apresentador se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, onde será monitorado durante as próximas horas para garantir a adaptação do novo órgão e prevenir rejeições.

Faustão entrou na fila de transplante após seu quadro de saúde ter sido agravado por uma insuficiência cardíaca e tratamentos de diálise. Sua condição de saúde o colocou como prioridade na lista de espera, fato corroborado pela rápida chegada do órgão doador.

Após a cirurgia, Faustão seguirá um cronograma rigoroso de acompanhamento médico, incluindo consultas mensais nos primeiros seis meses e progressivamente espaçadas depois desse período. Tais medidas visam evitar a rejeição do novo coração, aspecto crucial para o sucesso do procedimento.

O transplante de órgãos é um processo complexo e envolve uma série de critérios técnicos. Os órgãos doados são destinados a pacientes que estão na lista de espera unificada e informatizada, onde a posição é determinada por fatores como tempo de espera e urgência médica. Compatibilidade sanguínea e, quando necessário, compatibilidade genética são fundamentais na seleção do receptor. Adicionalmente, a logística também é essencial, visto que o tempo fora do corpo é um fator crítico, influenciando até mesmo a necessidade de transporte aéreo para garantir a integridade do órgão.

O procedimento de transplante cardíaco, como descrito pelo Dr. Philipe Saccab, cardiologista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pelo Instituto do Coração da Universidade de São Paulo, envolve a substituição do coração debilitado do receptor pelo novo coração do doador. Os doadores são indivíduos diagnosticados com morte encefálica, cujas famílias consentem com a doação dos órgãos, com potencial para salvar vidas, como a de Faustão, que agora inicia um caminho de recuperação sob os cuidados da equipe médica especializada.