Faraó dos Bitcoins tem prisão preventiva revogada pela Justiça

Glaidson dos Santos tinha sete prisões preventivas decretadas contra ele, agora, restam seis

Uma das prisões preventivas de Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, referente a um processo de estelionato contra duas pessoas, foi revogada pela 3ª Vara Federal Criminal nesta terça-feira (13). O ex-garçom segue preso no Paraná e reponde a 13 ações penais. Contra ele, tinham sete prisões preventivas decretadas, com a nova decisão, restam seis.

A juíza federal Rosália Monteiro Figueira cancelou o mandado de prisão contra o presidente da GAS Consultoria e Tecnologia, mas rejeitou o pedido da defesa para que as provas contra ele fossem anuladas, “tendo em consideração os princípios da segurança jurídica e credibilidade do sistema judiciário”.

Glaidson dos Santos é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como o chefe de uma organização criminosa que tinha como objetivo monitorar e matar concorrentes do mercado de criptomoedas.

Eliminava concorrentes

Em denúncia contra Glaidson Acácio dos Santos, ele é acusado de ser líder de um grupo criminoso que perseguia e assassinava concorrentes do mercado de criptomoedas. Em agosto de 2021, Glaidson foi preso sob acusação de comandar um esquema bilionário de pirâmide financeira e lesionar milhares de investidores em moedas virtuais.

Conforme denúncia do Ministério Público, o acusado montou um aparato para matar quem ameaçasse, de alguma forma, o império financeiro criado por ele na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

Dessa forma, ele se tornou uma espécie de “tubarão do extermínio”, montando uma organização bem estruturada para eliminar os concorrentes. De acordo com o MP , esse arranjo, coordenado por um setor de inteligência, inclui armas, empresas de fachada, espiões e matadores profissionais.

Os alvos também trabalhavam no mercado de criptomoedas e eram vistos como uma ameaça aos negócios de Glaidson.

Para isso, foram criadas seis empresas de fachada, usadas para transferir dinheiro para outras companhias que pagavam as contas da organização — que incluía gastos com a compra de armas, seguranças, pistoleiros e contratação de detetives para fazer monitoramento das vítimas.