Falsa denúncia de estupro pode ter causado mortes de enteada e padastro na Zona Norte

Foto: Divulgação

A angústia e procura ainda não terminaram para os familiares da menor Sádia Reis Barros, de 11 anos, e do padrasto dela, Leilson de Souza Marinhos, de 35 anos, ambos desaparecidos desde o último dia 16 desse mês, por volta das 17h.

Segundo informações dos familiares da jovem, a menina estava brincando em um banho na invasão Monte Horebe, no bairro Lago Azul. A pedido da esposa, o padastro foi buscar a criança para voltar para casa, desde então, não retornaram mais. De acordo com os familiares, há suspeitas que as vítimas tenham sido levadas por criminosos da área.

Os familiares chegaram até publicar alguns números de contato para possíveis informações. Porém, no dia (21), Policiais Militares da 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e do Canil receberam a informação que dois corpos estariam enterrados em uma área de mata na invasão Monte Horebe, no Viver Melhor 2, Zona Norte da cidade.

Na ocasião, o sargento Francisco Junior, afirmou que a guarnição recebeu a denuncia que um homem e uma criança poderiam ter sido mortos por integrantes da facção denominada Família do Norte (FDN). Ainda segundo a autoridade policial, a menina teria acusado o padrasto de estupro. Com isso, os criminosos capturaram o homem e o julgaram em uma especie de ‘tribunal do crime’ onde foi condenado a morte.

“Em seguida, os assassinos descobriram que a criança estava mentindo e com raiva, mataram ela também e os enterraram naquela invasão” afirmou o policial. Vale ressaltar que aquele local é considerado área de tráfico da FDN.

Nesta segunda-feira (23), as buscas por dois possíveis corpos começaram cedo, na invasão Monte Horebe. De acordo com o tenente Nilton Neto, da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães), a procura está intensa desde a última quinta-feira, após receberam a informações que Leilson tinha sido sequestrado por alguns homens não identificados, dentro de casa. O que contradiz parcialmente, a primeira versão contada pelos familiares.

Conforme a Polícia, Sádia inventou a conversa para punir a mãe, após ela pedir autorização para ir a um balneário naquele local. Algum tempo depois a mãe foi até o local e encontrou a menina na companhia de alguns traficantes. Ainda de acordo com a autoridade policial, a menina não gostou de ser chamada a atenção. Logo depois, a garota voltou para a residência acompanhada de alguns traficantes e o raptaram de dentro do imóvel. Sobre o estupro, a mãe que não teve o nome relevado, desmente a garota.

Os cães farejadores já percorreram durante todo o final de semana, cerca de mais de 50 KM² na região de mata com difícil acesso. Ninguém da família quis conversar com a imprensa durante das buscas.

Por Manaus Alerta