A Força Aérea Brasileira (FAB) fechou desde as 21h de quinta-feira, 6, o corredor aéreo que havia aberto há quase dois meses na Terra Indígena Yanomami para permitir que garimpeiros ilegais instalados na região pudessem deixar o local de forma monitorada. A iniciativa foi adotada no início da ofensiva do governo Luiz Inácio Lula da Silva na para conter uma crise humanitária na população indígena.
O espaço aéreo foi inicialmente fechado em 1º de fevereiro e reaberto no dia 12 do mesmo mês para permitir a saída coordenada e espontânea de garimpeiros que atuam ilegalmente na região. A previsão era que a retomada do fechamento ocorresse em 6 de maio, mas a medida foi antecipada, segundo o governo, para acelerar a saída dos criminosos da terra indígena.
Segundo a FAB, agora apenas aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Yanomami poderão sobrevoar a região, desde que previamente autorizadas. A chamada Zona de Identificação de Defesa Aérea foi estabelecida por um decreto presidencial que dividiu a região em três: uma área reservada (área branca), uma restrita (amarela), e uma área proibida (vermelha), esta última coincidente com a reserva Yanomami.
As aeronaves que descumprirem os requisitos e regras estabelecidas estarão sujeitas a medidas de policiamento do espaço aéreo, com o uso dos “meios aéreos necessários para identificação, coerção ou detenção dos tráfegos que estiverem voando na área”.