Preso suspeito de estelionato, o ex-vereador do município de Presidente Figueiredo, Maurício Gomes, alegou que sua prisão, nesta quarta-feira (9), tem a ver com perseguição política. Ele é acusado de ter vendido um imóvel que seria alugado, obtendo R$ 2,6 milhões.
Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (10), na sede da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), o ex-vereador afirmou que sofre perseguição após ter denunciado um esquema de corrupção na cidade.
“Ela não vai falar, por não ter nada para falar pois ela é mãe, uma dona de casa, não tem nada a ver com essa história. A história é minha, eu vendi o que é meu, eu comprei, eu paguei e eu tenho recibos aqui na delegacia que foram entregues. Paguei mais de R$ 2 milhões de dinheiro meu. Fiquei devendo menos de R$ 1 milhão e aí entra a perseguição política. Porque eu fui um dos vereadores que maior denunciou a corrupção que houve na cidade onde eu sou político”, disse o ex-vereador.
O delegado adjunto da DERFD, Demétrius Queiroz, informou que a equipe policial investigava o ex-vereador e a esposa uma vez que a quantidade de crimes registrados em nome do suspeito era ‘alarmante’ para a Polícia Civil.
“Ele [suspeito] já responde por homicídio, dois estelionatos e uma falsificação de documento público. Isso, no Tribunal já judicializado. Mas, aqui na delegacia temos dois inquérito dele: um que resultou na prisão do casal e mais um que será instruído após a oitiva deles”, disse.
Queiroz contou que o ex-vereador e a esposa alugaram uma casa no bairro V8, Zona Centro-Sul da capital amazonense, com um contrato de promessa de compra e venda. Segundo o delegado, a dupla apresentou três cheques no valor de R$ 1 milhão, mas sem fundos.
A advogada do suspeito relatou que apresentou provas na Justiça e entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva do cliente.
Por G1