“Engomadinho do Bitcoin” é procurado pelo CV e PCC após aplicar golpe milionário

Gustavo de Macedo Diniz, de 27 anos, e outros dois sócios desapareceram com cerca de R$ 70 milhões de 45 mil clientes.

Empresas que trabalham com investimentos em criptomoedas rotineiramente são alvo de investigações após desaparecer com o dinheiro de milhares de clientes. O caso da Bybot seria mais uma dessas notícias, porém, desta vez, entre os 45 mil clientes lesados estão duas grandes organizações criminosas: o Comando Vermelho e o PCC.

As duas principais facções do tráfico de drogas e armas do Brasil estariam procurando Gustavo de Macedo Diniz, de 27 anos, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”. Ele e dois sócios estão desaparecidos após mais de R$ 70 milhões em aplicações de clientes sumirem, sendo cerca de 50% desse dinheiro das duas organizações criminosas.

O Engomadinho do Bitcoin era o principal executivo da Bybot, que prometia lucros de 15% a 25% por mês a partir da plataforma. A empresa operava criptomoedas ao aproveitar preços baixos para a compra de criptoativos e as altas para a venda das moedas virtuais.

Com forte presença no meio digital, Gustavo promovia a Bybot, que chegou a ter um letreiro eletrônico na Times Square — uma das regiões mais famosas de Nova York, nos Estados Unidos.

De acordo com clientes que foram lesados pela empresa, da noite para o dia, o Engomadinho do Bitcoin anunciou que a plataforma da companhia estava fora do ar para uma manutenção de rotina. Pouco tempo depois, Gustavo informou que os valores sob posse da Bybot haviam sido hackeados e que ele tentaria recuperar o dinheiro.

O empresário sumiu das redes sociais com a mesma velocidade com que os valores depositados por clientes da companhia de criptomoedas desapareceram. Alguns dos lesados acreditam que Gustavo esteja em Bangcoc, capital da Tailândia.

Acredita-se também que o Comando Vermelho tenha oferecido uma recompensa de R$ 15 mil por informações que levem a quadrilha até o Engomadinho do Bitcoin. Já o PCC estaria atrás da família do empresário, que é natural de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.

Foram abertos boletins de ocorrência contra a Bybot em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.