SÃO PAULO — A disputa judicial envolvendo Ricardo Rocha, empresário que alega ser filho biológico de Gugu Liberato, pode culminar em um dos processos mais caros da história jurídica brasileira. Após cinco anos da morte do apresentador, os herdeiros legítimos entraram com uma ofensiva na Justiça para condená-lo por litigância de má-fé, em meio à insistência de Rocha em provar sua suposta filiação.
O caso ganhou novos contornos após Rocha solicitar a exumação do corpo de Gugu, sob a justificativa de que Maria do Céu, mãe do comunicador, não seria sua genitora biológica. O argumento contradiz dois testes de DNA já realizados, ambos com resultados negativos. Agora, os advogados das filhas gêmeas e do filho mais velho de Gugu, além de outros familiares, pedem a suspensão definitiva da exumação e a responsabilização financeira de Rocha.
Segundo informações do UOL, o valor inicial dado à causa pelo empresário foi de apenas R$ 1 mil. No entanto, os herdeiros revisaram a quantia, elevando-a para R$ 250 milhões, montante equivalente ao patrimônio que Rocha receberia caso fosse reconhecido como herdeiro. A multa potencial pode chegar a R$ 125 milhões, considerando honorários advocatícios e sanções por má-fé.
Os advogados da família exigem 20% do valor total em honorários, o que representaria R$ 50 milhões para cada escritório contratado. Além disso, uma possível condenação por litigância de má-fé pode resultar em multa adicional entre 1% e 10% do valor da causa, variando de R$ 2,5 milhões a R$ 25 milhões.
Os herdeiros afirmam que as ações de Rocha têm causado constrangimento emocional e prejuízos financeiros, além de violar acordos prévios que impediam a exumação do corpo. Enquanto isso, o empresário segue firme em sua defesa, apostando em provas que ainda não convenceram a Justiça nem os familiares do apresentador.
Se condenado, Ricardo Rocha pode enfrentar um prejuízo histórico, colocando em xeque sua insistência em reivindicar parte do legado de Gugu Liberato.
