Em Manaus, ministro do Trabalho se diz otimista após retomada de contratações na construção civil

Neste primeiro trimestre, o Amazonas gerou mais de 2 mil novos postos formais no setor

A construção civil contratou 2.055 pessoas no primeiro trimestre deste ano, no Amazonas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em todo Brasil, a construção gerou 331.129 vagas formais, no período. Em passagem por Manaus, neste sábado (28), o ministro do Trabalho, Helton Yomura se disse otimista com a retomada do emprego e a redução das demissões no setor.

De acordo com o Caged, de janeiro a março, o número de contratações na construção civil evoluiu no Amazonas. No primeiro mês do ano, foram abertos 571 postos de trabalho. Em fevereiro, o número saltou para 668 novas vagas. O Estado fechou o mês de março com 816 novas admissões.

O ministro do Trabalho, que participou de eventos alusivos ao Dia do Trabalhador, na capital, neste sábado, destacou que os indicadores do primeiro trimestre são positivos para a construção civil.

“Ainda é uma recuperação tímida, pela quantidade de vagas que a construção civil perdeu, sobretudo, a construção civil leve (mercado imobiliário). Há um estoque de unidades lançadas que ainda não foram vendidas. E (as incorporadoras) precisam, obviamente, vendê-las para continuar edificando novos prédios, novos empreendimentos”, disse o Yomura, destacando que a retomada do emprego em todos os setores deve impulsionar a compra de imóveis e reaquecimento do setor.

Em um ‘Café de Negócios’ com o ministro, no Clube do Trabalhador (Sesi), zona leste de Manaus, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (SINDUSCON-AM), Frank Souza, ressaltou o papel do Ministério no combate às obras irregulares, por meio do mapeamento e punição de empregadores que se recusam a legalizar mão de obra.

“Devido ao enfraquecimento da economia, tem crescido, não só no Amazonas, mas em todas as capitais brasileiras, o trabalho informal, que são aquelas obras que não têm a formalização da contratação, não têm incorporação, não têm alvará de construção, não têm licenças pertinentes ao desenvolvimento da obra. Temos observado esse crescimento regionalmente e expusemos ao ministro esses detalhes”, afirmou Souza.

Desligamentos

Embora o número de demissões ainda esteja puxando o saldo de empregos no setor para baixo, dados do Caged indicam que, nos últimos dois anos, houve retomada no número de contratações e queda nos desligamentos.

Em janeiro de 2017, houve 1.331 desligamentos. No ano anterior, o mês teve 1.337 demissões. Agora em 2018, esse número caiu para 1.262.

Quando são comparados os meses de fevereiro de 2016, 2017 e 2018, a queda do número de desligamentos é ainda mais expressiva. Em 2016, o setor demitiu 1.121 pessoas no Estado, contra 976 no passado e 659 neste ano.

Março demonstra que a queda do número demissões tem sido gradativa, apesar do registro de aumento no ano passado. Há dois anos, o setor perdeu 1.117 postos no mês. Em 2017, o número subiu para 1.123 desligamentos. Em 2018, foram fechados 821 postos de trabalho em março – uma redução no número de demissões de 26,8% frente ao ano anterior.

“Temos observado que os números não são muito favoráveis, mas saímos de números negativos e estamos em números positivos de contratações. Isso demonstra que o setor está retomando gradualmente. Apesar de pequeno, esse número de contratações em relação às demissões, já mostra que o setor começa a se recuperar”, ressaltou o presidente do SINDUSCON-AM.