EUA — Na noite de segunda-feira (20), o magnata Elon Musk, dono da X (antigo Twitter), SpaceX e Tesla, causou controvérsia ao fazer um gesto durante um discurso para apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, na Capital One Arena, em Washington. O gesto, que alguns compararam a uma saudação nazista, ocorreu enquanto Musk agradecia aos presentes pelo retorno de Trump à Casa Branca.
Musk bateu no peito com a mão direita e, em seguida, estendeu o braço em direção à plateia, repetindo o movimento para o público atrás dele. Claire Aubin, historiadora especializada em nazismo, descreveu o gesto como um “sieg heil”, a saudação associada ao regime de Hitler. Ruth Ben-Ghiat, especialista em fascismo, também interpretou o movimento como uma “saudação nazista agressiva”.
No entanto, Musk rebateu as críticas em sua rede social, afirmando que seus detratores precisam de “truques sujos melhores” para atacá-lo. Ele descartou as acusações, chamando-as de exageradas. A Anti-Defamation League (ADL), organização que combate o antissemitismo, defendeu Musk, afirmando que o gesto foi “estranho”, mas não uma saudação nazista.
Enquanto alguns, como o participante Brandon Galambos, viram o gesto como uma brincadeira típica do humor sarcástico de Musk, a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez criticou a defesa da ADL, reforçando a comparação com a saudação nazista. Já o historiador Aaron Astor atribuiu o gesto à personalidade “socialmente peculiar” de Musk, lembrando que ele foi diagnosticado com síndrome de Asperger em 2021.
A polêmica ressalta a polarização em torno de Musk, que assumirá um cargo no governo Trump, e levanta debates sobre a interpretação de gestos públicos em um contexto político carregado.
