Dodge diz que vai pedir impugnação de candidaturas “na hora certa”

Procuradora-Geral Raquel Dodge

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta quarta-feira (15/8) que, “na hora certa”, o Ministério Público Eleitoral (MPE) vai pedir a impugnação de candidaturas à Presidência da República. Raquel não mencionou explicitamente o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista deve oficializar o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda nesta quarta-feira, prazo final para partidos políticos e coligações apresentarem seus nomes para a disputa pelo Planalto em 2018.

Em três dias, deve ser publicado edital no “Diário da Justiça Eletrônico” com a relação dos pedidos de registro dos concorrentes. Até o dia 23, o Ministério Público e candidatos, coligações e legendas adversárias podem questionar os registros.

Segundo apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, existe a possibilidade de o MPE pedir a impugnação da candidatura de Lula antes mesmo da publicação do edital. Raquel Dodge ainda não definiu os próximos passos.

Relator
Um ministro do TSE ouvido reservadamente pela reportagem acredita que, por ser uma questão “institucionalmente relevante”, o caso de Lula deveria ser decidido diretamente no plenário da Corte Eleitoral, embora o relator do registro possa, em tese, tomar uma decisão monocrática (individual).

Nesta quarta, depois que o registro de Lula for oficializado no sistema do TSE, será definido o nome do ministro da Corte Eleitoral que ficará com a relatoria do caso.

O TSE ainda vai avaliar se um eventual registro de Lula terá a relatoria definida por meio de sorteio eletrônico livremente realizado entre integrantes da Corte Eleitoral ou se será encaminhado “por prevenção” (no jargão jurídico) ao ministro Admar Gonzaga, que já está cuidando de outros casos relacionados à campanha petista

Em tese, um pedido de registro presidencial é sorteado entre seis dos sete ministros titulares do TSE, ficando de fora quem estiver ocupando a presidência da Corte Eleitoral (no caso, a ministra Rosa Weber), que por questões regimentais não recebe esse tipo de processo.

Fonte: Estadão Conteúdo