Desmatamento na Amazônia cai 11,08% em um ano

Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o desmatamento na Amazônia Legal caiu 11,08% em relação ao período anterior (2023–2024), atingindo o terceiro menor patamar da série histórica iniciada em 1988. Ao todo, foram desmatados cerca de 5,8 mil km² — um dos melhores resultados das últimas décadas.

Os dados são do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente. De acordo com a ministra Marina Silva, esta é a terceira redução consecutiva sob o governo Lula, com uma queda acumulada de 50% desde 2022.

Essa redução evitou a emissão de 734 milhões de toneladas de CO₂ na Amazônia e no Cerrado — equivalente às emissões anuais combinadas de França e Espanha em 2022.

O avanço é atribuído ao reforço na fiscalização e ao Programa União com Municípios, que destinou R$ 800 milhões a 70 municípios prioritários. A reativação do Fundo Amazônia (paralisado entre 2019 e 2023) também foi crucial, quadruplicando os investimentos em ações ambientais nos últimos três anos.

O Ibama registrou um salto de 14 mil para 25 mil ações de fiscalização entre 2020–2022 e 2023–2025 — um aumento de 80%. Foram aplicadas R$ 3 bilhões em multas, 3.143 propriedades embargadas e mais de 4,5 mil apreensões de equipamentos usados em crimes ambientais.

Além disso, o Bolsa Verde beneficia mais de 70 mil famílias que atuam na conservação de áreas rurais de relevância ecológica — reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável a poucos dias da COP30, em Belém.