Corpo de venezuelana é encontrado em cratera na Terra Indígena Yanomami

O corpo de Jenni Rangel estava próximo a uma cratera onde oito garimpeiros foram assassinados esta semana, na região da comunidade Uxiu, área com forte presença de garimpo no território

A venezuelana Jenni Rangel, 28, encontrada morta nesse sábado (6/5) na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, é a terceira pessoa da mesma família assassinada na região nesta semana.

Nos últimos dias, já foram registrados 14 óbitos. Jenni foi encontrada com sinais de violência sexual nas proximidades de uma cratera onde oito garimpeiros foram assassinados nesta semana, na região da comunidade Uxiu, que tem forte presença de garimpo.

O cadáver foi avistado pela Força Nacional, que acionou a Polícia Federal para apurar o caso. Ao chegar ao local, os agentes identificaram que a mulher estava despida, com sinais de violência sexual e enforcamento. Segundo as investigações, a suspeita é que ela trabalhava para garimpeiros.

Jenni Rangel era venezuelana, casada com Joel Perdomo, de 68 anos, e madrasta de Johandri Perdomo, de 24 anos. Os dois eram garimpeiros e estão entre os corpos encontrados na região Yanomami nesta semana.

O marido Joel Perdomo, 68, e o enteado Johandri Perdomo, 24, da venezuelana Jenni Rangel também foram assassinados na Terra Yanomami e estão entre os oito mortos encontrados na cratera

No sábado passado (29/4), um indígena Yanomami morreu e outros dois ficaram feridos após ataque de garimpeiros. A informação foi confirmada pelo líder indígena Júnior Yanomami, nas redes sociais.

Um dos alvejados é um indígena que trabalha como agente de saúde na região de Uxiu. Os feridos foram resgatados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami e estão em estado grave.

Na segunda-feira (1°/5), uma comitiva do governo federal chegou a Roraima para acompanhar o caso e visitar os indígenas baleados. O grupo se reuniu com autoridades do estado para definir ações de combate aos crimes violentos em garimpos ilegais.