Concurso Nacional Unificado é adiado

Ao todo são oferecidas 6,6 mil vagas para 21 órgãos federais.

O Concurso Público Nacional Unificado (CNU), também conhecido como “Enem dos Concursos”, foi adiado em todo o país devido às fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul e Santa Catarina nos últimos dias. As provas estavam originalmente marcadas para o próximo domingo (5 de maio de 2024).

A decisão do adiamento foi tomada para garantir a segurança de todos os envolvidos, incluindo candidatos e funcionários. Inicialmente, o governo federal havia tentado manter a realização das provas, mas o agravamento da situação climática tornou a aplicação inviável, especialmente no Rio Grande do Sul, que já contabilizava quase 40 mortes em decorrência das chuvas.

Ainda não há uma nova data definida para a aplicação das provas. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou que a escolha da nova data dependerá da resolução das questões logísticas e da situação nos estados afetados.

Cerca de 2 milhões de candidatos estavam inscritos no CNU. A maioria deles reside a até 100 km do local de prova, e a expectativa é que a reaplicação ocorra nos mesmos locais inicialmente previstos.

O adiamento do concurso gerou custos adicionais para o governo federal, mas ainda não há um valor oficial divulgado. Parte das verbas já previstas para a aplicação das provas, como o pagamento dos fiscais, não será utilizada. O valor necessário para a reaplicação sairá do orçamento da União.

Apesar dos transtornos causados, o governo federal acredita que a decisão do adiamento foi a mais acertada, priorizando a segurança de todos os envolvidos. A ministra Esther Dweck reconheceu que os editais do concurso não previam a possibilidade de adiamento em casos de desastres naturais, mas ressaltou que a situação atual era inédita e exigiu medidas excepcionais.

Para garantir a legalidade do adiamento, um acordo foi assinado entre a União, a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública da União (DPU) e o Rio Grande do Sul. O governador do estado, Eduardo Leite, havia solicitado o adiamento das provas nas áreas atingidas pelas chuvas, e parlamentares também defenderam a medida.

O CNU, que também é chamado de “Enem dos Concursos”, recebeu 2,1 milhões de inscrições. As provas seriam aplicadas em 228 cidades, com candidatos de 5.555 municípios. No Rio Grande do Sul, estado mais afetado pelas chuvas, 80.348 inscritos estavam inscritos para realizar a prova em 10 cidades.

As fortes chuvas no Rio Grande do Sul causaram estragos em diversos municípios, deixando ao menos 37 mortos e 74 desaparecidos. Centenas de pessoas estão desalojadas ou em abrigos, e há rodovias interditadas e rios com cheias recordes.

A situação climática ainda é instável em algumas regiões, e as autoridades pedem cautela à população. É importante acompanhar os avisos dos órgãos oficiais e evitar áreas de risco.

O adiamento do CNU é um revés para os candidatos que estavam se preparando para as provas, mas a segurança de todos deve ser a prioridade. O governo federal trabalha para definir a nova data da aplicação das provas o mais rápido possível e minimizar os transtornos causados.