O Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no km 8 da BR 174 (Manaus-Boa Vista), reiniciou as atividades do projeto de “Remição pela Leitura” nesta quarta-feira (29/07). No momento, 168 reeducandos estão inseridos no projeto, que possibilita remir quatro dias da pena a cada livro lido e avaliado.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a empresa cogestora Reviver Administração Prisional Privada entenderam a necessidade do retorno do projeto na unidade de regime fechado, objetivando diminuir o ócio e possibilitando o crescimento intelectual por meio da literatura.
“Estamos fazendo tudo com segurança e responsabilidade, de forma a não gerar risco à saúde dos internos ou dos colaboradores”, explicou o secretário da Seap, coronel Vinícius Almeida. Uma equipe multidisciplinar, composta por pedagogos e psicólogos, é responsável por fazer o acompanhamento do desenvolvimento dos participantes e ofertar um livro, por semana, a cada apenado.
Ao interno cabe a responsabilidade de ler a obra e elaborar uma redação, apresentando os pontos que mais chamaram a sua atenção e as possíveis lições agregadas com a leitura. Duas vezes por semana, a equipe faz orientações, analisa os trabalhos escritos e realiza uma avaliação oral com cada participante.
Para o diretor do Compaj, Lucas Maceda, o “Remição pela Leitura” é mais um projeto de remição de pena fundamental aos internos de regime fechado. ”O projeto não só traz essa possibilidade de remição de pena, muito importante para eles, como a de praticar uma atividade intelectual que ajuda a melhorar o vocabulário, a percepção de mundo, rompendo as amarras ideológicas do mundo do crime”.
Biblioteca reestruturada – A biblioteca, local onde acontecem as avaliações, foi reformada e recebeu novos jogos escolares (carteira e mesa) doados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), bem como novas obras literárias, doação da Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-Amazônicos (Abeppa) no início do ano.