Como se relacionam o metabolismo e a genética das pessoas?

Demonstrou-se que os processos metabólicos estão relacionados com a genética das pessoas, apesar de o campo da nutrição estabelece diferenças acentuadas individuais no momento de estudar os nutrientes e sua incidência no organismo.

A nutrição implica a prevenção de doenças e contribui para a saúde integral do indivíduo, e, atualmente, foi possível determinar que uma dieta como a do ADN pode ser utilizada para alcançar o bem-estar do corpo e prevenir a predisposição genética para contrair algumas doenças.
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O metabolismo e os genes

Os investigadores e peritos no domínio da nutrição defendem que os genes, o microbioma, o ambiente e outros fatores intervêm na capacidade individual de assimilar e processar os nutrientes. Cada pessoa responde de maneira diferente à mesma dieta, isto se deve a que o metabolismo entre um e outro indivíduo é diferente, e ambos apresentam um diagnóstico de saúde distinto.

A ciência se aproxima cada vez mais da “medicina de precisão”, neste caso a nutrição será mais personalizada e adaptada às particularidades genéticas das pessoas. Com estas descobertas podem elaborar-se dietas individualizadas dirigidas a pessoas segundo seu metabolismo e a estrutura do gene.

A empresa SNP Therapeutics está desenvolvendo um teste que permite saber as probabilidades de sofrer de fígado gordo. O teste será responsável por analisar o esquema genético de 20 variantes que influenciam este padecimento.

Investigações recentes também revelaram que o organismo apresenta uma variação nas quantidades de alguns nutrientes essenciais, como a colina. No estágio pós-menopausa muitas mulheres ficam doentes por apresentar deficiência deste tipo de nutriente, devido a baixos níveis de estrogênio no sangue.

Os estudos mostram que apenas 50% das mulheres jovens adoecem devido à falta de colina, enquanto que outra percentagem produz colina por causa do estrogénio que ativa um gene que codifica a síntese deste nutriente. A razão para esta diferença é porque uma grande percentagem de mulheres possuem uma variante do gene que não responde a este hormônio.

Testes nutricionais

Os testes genéticos estudam o comportamento dos genes e em função dos resultados avaliam a susceptibilidade do indivíduo a metabolizar os nutrientes. O conhecimento das variações genéticas pode ajudar a prever certas enfermidades ou alterações nos processos metabólicos.

A nutrição de precisão representa uma alternativa para detectar atinadamente a insuficiência de nutrientes, por exemplo, através de um teste simples, é possível detectar e analisar uma variante genética que faz com que algumas mulheres sintetizem colina com maior lentidão.

Neste caso, você pode recomendar uma dieta específica para tratar esta propensão ou administrar suplementos de colina.

Pessoas obesas desenvolvem síndrome metabólica, ou seja, podem desencadear distúrbios metabólicos que dão origem a uma série de fatores de risco, incluindo o acúmulo de gordura no fígado. 20% da população está exposta ao desenvolvimento de fígado gordo e outras alterações por diferenças genéticas.

Outro exemplo, 10% das pessoas sofrem de tensão alta devido ao alto consumo de sal, mas ao não ter conhecimento das diferenças metabólicas que influenciam nesta variação os especialistas recomendam reduzir a ingestão de sal.

Se os médicos e investigadores aprofundarem ainda mais as diferenças genéticas, poder-se-á inferir quem são os pacientes que requerem modificações na dieta e perda de peso para solucionar o problema com medicamentos, suplementos ou fazer mudanças no estilo de vida.