Combustível batizado: 5 alertas para você não se tornar vítima ao abastecer

Fiscal da ANP faz teste para aferir a qualidade do combustível na bomba. Posto pode ser interditado e até fechado por fraude.

A situação é bastante comum: pós abastecer, o motor começa a falhar e perder potência, além de elevar o consumo.

São sintomas típicos de combustível adulterado, prática criminosa que faz o consumidor correr o risco de ter grande prejuízo com danos ao veículo.

A adição de produtos como solvente, no caso da gasolina, é capaz de comprometer o funcionamento correto de itens como filtro e bomba de combustível, bem como velas, de acordo com o Centro Universitário FEI. No caso do etanol, a fraude mais comum é acrescentar água, o que também compromete o funcionamento ideal do motor.

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) realiza fiscalizações de rotina e também com base em denúncias, podendo interditar ou até fechar postos irregulares.

“Adicionar solventes à gasolina e ao diesel é a prática mais danosa, pois determinados solventes atacam os materiais como injetores e bombas de combustível, e provocam depósitos nas válvulas”, alerta o engenheiro Henrique Pereira.

Outra tática adotada por donos desonestos de postos é burlar a aferição volumétrica na bomba, por meio de um chip: ela informa um volume maior que o fornecido. O dispositivo eletrônico pode ser desativado a qualquer hora, justamente na tentativa de enganar os fiscais.

No caso da volumetria, mais uma dificuldade: a fiscalização cabe ao Ipem (Instituto de Pesos e Medidas), órgão com gestão a cargo de cada estado.

É difícil identificar alterações no combustível na hora do abastecimento, mas alguns cuidados minimizam os riscos.

O mais básico é abastecer sempre em posto conhecido. Além disso, não deixe de exigir a nota fiscal: o documento é a prova de que você abasteceu em determinado posto, caso constate problemas posteriormente.

Outro indício de adulteração é o preço: se for barato demais, desconfie e não abasteça.

Como evitar combustível batizado

1 – Peça nota fiscal sempre. Ela é o documento que comprova a sua compra e o posto é obrigado a fornecê-la.

2 – Desconfie de promoções ou de preços iguais para variantes aditivadas. O posto é obrigado a exibir os preços dos combustíveis logo na entrada. O preço exibido no painel deve ser igual ao cobrado na bomba.

3 – Quando a gasolina, o etanol ou o diesel.

4 – Fique de olho na empresa que fornece o combustível. Postos de bandeira branca (sem distribuidora exclusiva) devem informar em cada bomba qual distribuidora forneceu o produto. Número de CNPJ, razão social e endereço do posto também devem estar visíveis, nas bombas. Estas informações podem ajudar a localizar autores de irregularidades.

5 – Peça o teste de combustível sempre que quiser: os postos são obrigados a fazê-lo e devem manter os equipamentos de medição e certificação em dia. Conheça os testes disponíveis:

Proveta: mede a porcentagem de etanol anidro misturado à gasolina. O percentual deve ser de 27%.

Volume: sempre que for solicitado, o posto tem de realizar o teste na frente do consumidor, usando a medida padrão de 20 litros aferida e lacrada pelo Inmetro. Se o visor da bomba registrar quantidade diferente da que foi adicionada ao recipiente de teste, reclame e denuncie. A diferença máxima permitida é de 100 ml para mais e 60 ml para menos.

Teor alcoólico do etanol: o produto deve ter entre 92,5% e 95.

A partir desta punição, você pode pedir ressarcimento de prejuízos.