O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Wilker Barreto (PHS), convocou os vereadores para votar neste sábado, às 11h, em sessão extraordinária, o projeto de lei de autoria do Poder Executivo que estabelece a gratuidade do transporte coletivo para este domingo, 7, dia do primeiro turno das eleições.
A matéria foi enviada à Câmara Municipal nesta quinta-feira (4). Wilker reclamou da demora do prefeito Arthur Neto (PSDB) em submeter o projeto para análise dos vereadores. O vereador insinuou que o tucano agiu de má fé, pois a análise do assunto às vésperas da eleição e de forma corrida pode acabar prejudicando os legislativos, segundo o presidente da CMM.
“Vai ter sessão amanhã (sábado) às 11h. A Prefeitura colocou a Câmara numa saia justa, mas a Câmara vai fazer a sua parte, e eu já fiz, já convoquei, interstício de 24 horas hoje, amanhã 11hrs tem sessão. Estamos falando da renúncia de alguns milhões, e esbarramos nos aspectos legais, porque depois o Ministério Público vai cair em cima de mim, e aí? Precisamos respeitar o rito, precisamos respeitar o regimento interno”, afirmou Barreto.
Comitê solicitou gratuidade
O Comitê Estadual de Combate à Corrupção e Caixa Dois ingressou no dia 27 de setembro com ofício ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE/AM), solicitando que órgão promovesse diálogo com a Prefeitura de Manaus, com o objeto de disponibilizar gratuitamente o transporte coletivo aos eleitores da capital no dia eleição, 7 de outubro.
A proposta do Comitê tinham como objetivo combater as abstenções e as possíveis ilegalidades como o retorno de transporte para as zonas de votações de eleitores por candidatos ou pelos seus correligionários, realizados por correligionários de candidatos ao certame, em passado recente.
No dia 25 de setembro, o TRE/AM decidiu excluir a gratuidade do transporte coletivo nestas eleições gerais – decisão semelhante adotada em 2017, no pleito suplementar para o cargo de governador e vice – com a justificativa do reordenamento eleitoral e a inclusão da biometria, o que em tese, facilitaria acesso do eleitor ao local de votação, sempre próximo de sua casa, ou seja, sem a necessidade de utilizar transporte gratuito.