
MANAUS, AM — Nesta quarta-feira (19), um forte temporal que atingiu Manaus deixou as avenidas Djalma Batista e Torquato Tapajós completamente tomadas pela água, transformando-as em verdadeiras piscinas e gerando caos no transporte urbano. A chuva torrencial foi tão intensa que as vias ficaram intransitáveis, com veículos parcialmente submersos e motoristas presos em meio à correnteza.
Imagens registradas por moradores e passageiros mostram cenas dramáticas: carros e motocicletas cercados pela água, enquanto alguns condutores hesitavam em avançar diante da força das enxurradas. Em determinados trechos, a água alcançou níveis alarmantes, cobrindo pneus e até portas dos automóveis, aumentando o risco de danos mecânicos e acidentes.
As duas avenidas, cruciais para a mobilidade urbana da capital amazonense, são responsáveis por conectar diferentes regiões da cidade. Com os alagamentos, motoristas tiveram que improvisar rotas alternativas, o que resultou em congestionamentos quilométricos. Já os pedestres enfrentaram dificuldades para atravessar as vias inundadas, muitas vezes tendo que desviar de obstáculos ou caminhar sob águas turvas e correntezas fortes.
A situação expôs, mais uma vez, as deficiências do sistema de drenagem da cidade, incapaz de lidar com volumes elevados de chuva. Moradores relataram frustração com a falta de planejamento e soluções estruturais para evitar que esses transtornos se repitam ano após ano durante a temporada de chuvas.
Até o momento, as autoridades municipais não divulgaram um plano de resposta imediata para minimizar os impactos dos alagamentos nem medidas de longo prazo para melhorar a infraestrutura das vias. Enquanto isso, a população segue contabilizando prejuízos materiais e enfrentando dificuldades para realizar atividades básicas, como ir ao trabalho ou voltar para casa em segurança.
A chuva deixou claro que Manaus ainda carece de investimentos urgentes em infraestrutura urbana, especialmente em sistemas de drenagem capazes de suportar as adversidades climáticas típicas da região amazônica. Para muitos, o episódio é mais um lembrete da necessidade de políticas públicas eficientes para proteger a cidade e seus habitantes contra os efeitos das intempéries.