A cidade chinesa de Wuhan, epicentro de um novo coronavírus, construirá um segundo hospital “em duas semanas” para tratar os doentes deste patógeno, informou o Jornal do Povo.
De acordo com o veículo estatal chinês, o novo centro terá capacidade para 1.300 leitos, que serão adicionados aos 1.000 planejados em um primeiro hospital de emergência, cuja construção em 10 dias foi anunciada na sexta-feira, 24.
Ainda na sexta, o governo Chinês começou a construir o primeiro hospital de emergência destinado a receber mil pacientes com coronavírus a partir de 3 de fevereiro, informou a imprensa estatal.
Segundo imagens transmitidas pela televisão, maquinas pesadas preparavam o terreno onde o estabelecimento será construído em Wuhan, o epicentro do surto, uma cidade com 11 milhões de habitantes no centro do país.
Os números mais recentes divulgados sobre o coronavírus são de 26 mortos e 830 pessoas infectadas, segundo o governo chinês. A agência de notícias France Press cita a Comissão Nacional de Saúde da China e diz que mais de mil casos considerados suspeitos estão sendo investigados.
Neste sábado, o governo da Austrália confirmou o primeiro caso de coronavírus. A doença já tem registros em pelo menos dez países.
Morcegos
Estudo publicado na última terça-feira, 21, pela revista Science China Life Sciences, apontou que o novo tipo de coronavírus está diretamente relacionado a uma cepa existente em morcegos. A suspeita agora é de que o vírus, que surgiu na cidade chinesa Wuhan, em dezembro de 2019, pode ter sido disseminado pelo consumo de uma sopa de morcego, comum na região.
Mais de 40 milhões de chineses foram isolados em suas cidades depois da imposição de restrições em outras cinco localidades para evitar a propagação do coronavírus, que já matou 26 pessoas e contaminou pelo menos 830 no gigante asiático.