Na manhã desta quinta-feira (17), desdobrando-se a 14ª fase da operação “Lesa Pátria”, a Polícia Federal (PF) executou uma série de detenções em cinco estados brasileiros, a saber: Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, além do Distrito Federal. As prisões têm relação com os atos criminosos ocorridos no fatídico 8 de janeiro, no qual diversas instituições públicas foram invadidas.
Dentre os detidos, figura o pastor evangélico Dirlei Paiz, conhecido por suas declarações incisivas nas redes sociais, onde dirigiu críticas ao ex-presidente Lula. Também encontra-se sob custódia a cantora gospel Fernanda Oliver, que transmitiu, ao vivo pelas redes sociais, a incursão realizada no já mencionado 8 de janeiro.
Festa da Selma
A atual fase da operação “Lesa Pátria” tem como alvo indivíduos suspeitos de desempenhar papel fundamental no fomento do movimento conhecido como “Festa da Selma”. O codinome era secretamente empregado para fazer referência às invasões aos edifícios públicos, sendo uma estratégia premeditada para a consecução dessas ações ilegais.
Fontes próximas à Polícia Federal informaram que o termo “Festa da Selma” era empregado com o intuito de convocar e organizar os participantes das invasões, providenciando detalhes logísticos, coordenadas geográficas precisas e instruções minuciosas para a execução das incursões. O grupo também aconselhava seus membros a não envolver idosos e crianças nas atividades, enquanto os incitava a se prepararem para eventual confronto com as forças de segurança.
As comunicações interceptadas revelam que os integrantes desse movimento se valiam de terminologias como “guerra”, “tomada do Congresso” e “derrocada do governo estabelecido”, evidenciando o caráter subversivo e ilegal das ações planejadas e executadas. A operação “Lesa Pátria” busca, assim, identificar e responsabilizar os envolvidos por sua atuação no tumulto ocorrido em janeiro, visando a preservação da ordem democrática e da integridade das instituições públicas.
