Campanha pede que mulher negra seja indicada ao STF

Obras de arte pedindo que uma mulher negra seja indicada ao Supremo Tribunal Federal, o STF, estão espalhadas por ruas de 15 capitais brasileiras. Os cartazes fazem parte da mostra Juízas Negras Pra Ontem e foram produzidas por 24 artistas.

A vaga a ser ocupada é a da ministra Rosa Weber, atual presidente da corte, que se aposentará em outubro. E a intenção dessa mostra é somar forças às inciativas que já pedem um judiciário mais diverso e justo, e pressionam o governo Lula por essa indicação.

Nas últimas semanas a campanha #PretaMinistra também ganhou espaço e se espalhou pelas redes sociais, pela Times Square, um dos pontos mais famosos de Nova York, e por outdoors na Índia onde o presidente Lula participou da reunião do G-20. Um curta metragem também faz parte da mobilização e traz uma menina negra conversando com a mãe, desapontada por não ter uma referência como ministra.

De acordo com o IBGE, 56% dos brasileiros se identificam como pretos e pardos e quase um terço da população é de mulheres negras, mas em 132 anos de existência, o STF teve apenas três mulheres como ministras, todas elas brancas.