Câmera registra PM matando jovem com tiro nas costas, em Jutaí

Dos três tiros disparados, um atingiu as costas de Sharley. | Foto: Divulgação

Sharley Fermin Júnior, de 19 anos, morreu, na madrugada deste domingo (28), no município Jutaí (a 751 quilômetros de Manaus). Segundo informações, o jovem teria, durante uma abordagem policial, desobedecido a ordem de um policial militar, que acabou disparando três. Um dos tiros atingiu as costas do jovem, enquanto fugia em uma motocicleta.

Mesmo ferido, Sharley ainda conseguiu pilotar o veículo por três quilômetros, porém acabou caindo no chão. Moradores nas proximidades da praça do Seringueiro, onde o jovem caiu, o socorreram e o levaram para o hospital mais próximo. No entanto, Sharley morreu na unidade hospitalar.

Traição

Segundo informações, Sharley Júnior teria sido flagrado na cama, pela própria mulher, com uma outra jovem, dias atrás. Algumas pessoas ligam o assassinato de Júnior ao caso de traição, como um crime encomendado. Em imagens divulgadas nas redes sociais, a suposta esposa de Sharley declara indignação com a traição.

O Portal Em Tempo tentou contato, por telefone, com familiares e amigos próximos da vítima para confirmar a informação, porém ninguém quis comentar sobre o ocorrido.

Familiares

Parentes e amigos próximos do jovem demonstraram indignação em manifestação em frente à delegacia na manhã deste domingo (28). A unidade policial foi tomada por dezenas de pessoas com cartazes em apoio à vítima e a família.

Polícia Militar do Amazonas

Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar (PM-AM) informou que o fato envolvendo o policial militar, que não teve o nome divulgado, suspeito de efetuar disparos, será apurado pela Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD).

A instituição destacou, ainda, que abrirá um procedimento administrativo. “O militar, que foi ouvido pela Polícia Civil do município, já está afastado das funções e responderá ao Inquérito Policial Militar (IPM). Ele será transferido da Unidade policial a que está subordinado”.

“A Polícia Militar ressaltou, também, que não compactua com abusos e excessos que contrariem a lei e a ordem, prezando sempre pelo bem comum, com o dever de servir, proteger e preservar os direitos individuais e coletivos, e que todos os elementos apresentados durante o processo investigatório serão apurados da forma transparente que o caso requer”, ressaltou em nota.

Por EM TEMPO