O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) informou, na manhã desta terça-feira (20), que já são 113 assinaturas de deputados no pedido de impeachment para que Lula (PT) tenha cassado seu mandato de presidente da República, por causa de sua declaração antissemita contra o Estado de Israel, no domingo (18).
O petista foi repudiado por comparar a guerra travada em Gaza pelo país de maioria judaica contra terroristas do Hamas à atuação do nazista Adolf Hitler no Holocausto, que trucidou seis milhões de judeus na 2ª Guerra Mundial. Lula tem como base para sua comparação a informação sobre civis mortos na Faixa de Gaza, dada pelo “Ministério da Saúde” do Hamas, que atualizou ontem que mais de 29 mil morreram nos ataques de Israel.
O governo de Benjanin Netanyahu comanda uma reação contra a invasão de Israel, em 7 de outubro de 2023, por terroristas do Hamas que mataram cerca de 1,4 mil civis no ataque surpresa. O primeiro-ministro considerou Lula persona non grata em Israel, enquanto o presidente do Brasil não se retratar sobre a fala que banaliza o assassinato em massa de judeus, no qual Hitler valeu-se do racismo para aniquilar cerca de dois terços da população judaica da Europa.
Para autorizar o processo do julgamento político de impeachment presidencial, é necessário o apoio de, pelo menos, 342 deputados. Mas a principal adesão a ser alcançada é do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe decidir se dá ou não andamento ao processo pleiteado via requerimento. O que ainda é considerado improvável, pelo perfil do parlamentar alagoano, que resistiu a diversos pedidos de impeachment durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
