Caçada ao “Novo Lázaro” aterroriza a Bahia

Thiago da Silva fugiu para a mata e autoridades se mobilizam para encontrá-lo.

O município de Ibirapitanga, na Bahia, vive dias de apreensão e medo. Um assassino, Thiago da Silva Santos, de 27 anos, apelidado de “Novo Lázaro” em referência ao criminoso que aterrorizou o Distrito Federal e Goiás em 2021, está à solta após ser acusado de cometer três assassinatos. A semelhança com o caso anterior não se resume à brutalidade dos crimes, mas também à dificuldade das autoridades em localizá-lo.

Thiago, descrito como frio, perigoso e calculista, teria fugido para uma área de densa vegetação na região rural de Ibirapitanga após os crimes. A polícia acredita que ele possua conhecimento da área, o que dificulta ainda mais as buscas. A incerteza sobre o paradeiro do criminoso e a possibilidade de ele estar armado – há relatos de que ele poderia estar portando uma espingarda, além de possivelmente carregar uma arma branca como faca ou punhal – intensificam o clima de pânico entre os moradores.

O medo é palpável na comunidade. Roque Evangel, morador da região, expressa o sentimento generalizado: “Está todo mundo com medo. Mãe de família, pai de família. Ninguém entra mais na roça para trabalhar”. O receio é tanto que medidas extremas de segurança foram adotadas nas residências. Roque relata que agora tranca as portas com correntes e cadeados, além de reforçar as entradas com escoras de madeira, numa tentativa desesperada de se proteger.

As forças policiais, incluindo a Polícia Militar e Civil, realizam buscas diárias na região, mas até o momento não obtiveram sucesso na captura de Thiago. O delegado Rodrigo Fernando informou que a inteligência policial tem trabalhado na coleta de informações e já traçou um perfil do acusado. Contudo, já se passaram seis dias sem novas pistas sobre o paradeiro do “Novo Lázaro”.

A exemplo do caso de Lázaro Barbosa, a polícia não descarta a possibilidade de Thiago estar recebendo ajuda de terceiros. A hipótese de conivência e apoio logístico preocupa as autoridades e amplia a complexidade da operação.

A população de Ibirapitanga vive em estado de alerta constante, com o medo pairando sobre a rotina da cidade. A caçada continua, enquanto a comunidade aguarda ansiosamente por um desfecho que traga de volta a paz e a segurança à região.