
RIO — Uma notícia que sacudiu o coração da torcida rubro-negra e acendeu um alerta vermelho em todo o país: o atacante Bruno Henrique, ídolo do Flamengo, agora responde na Justiça por suspeita de manipulação de resultado. A acusação envolve um cartão amarelo aparentemente banal, mas que pode esconder um esquema muito maior — e mais sombrio — do que se imaginava.
A denúncia foi aceita pelo juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília. Segundo o magistrado, as investigações apontam indícios de que o jogador teria agido de forma premeditada para receber o cartão, em uma partida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
As suspeitas não param por aí. Conversas interceptadas no celular de Wander Nunes Pinto Júnior, irmão de Bruno Henrique — que também se tornou réu —, mostram indícios de apostas feitas com base na advertência que o atleta receberia em campo. Há ainda a acusação de que Bruno teria utilizado a conta da esposa para apostar no próprio cartão.
O Ministério Público do Distrito Federal acusa Bruno Henrique com base na Lei Geral do Esporte, que considera crime “fraudar ou contribuir para que se fraude o resultado de competição esportiva”. A pena pode incluir reclusão e multa.
Apesar da gravidade das acusações, o jogador ainda não se pronunciou oficialmente. A assessoria informou que Bruno não vai comentar o caso neste momento.
Entenda o que está em jogo
O futebol brasileiro enfrenta um dos seus momentos mais sensíveis. A paixão de milhões de torcedores pode estar sendo usada como moeda de troca em esquemas ilegais, onde o talento em campo se rende ao lucro de apostas suspeitas.
Esse episódio vai muito além de um cartão amarelo. Ele levanta questionamentos profundos: até onde vai a influência do dinheiro nas quatro linhas? Como proteger o esporte da corrupção silenciosa que se infiltra nas entrelinhas dos jogos?
E agora?
Bruno Henrique e seu irmão têm dez dias para apresentar defesa. O caso segue em tramitação, mas o impacto já está lançado: ninguém olha mais um cartão da mesma forma.
Enquanto o processo corre na Justiça, fica uma reflexão urgente para os amantes do futebol: quem está jogando com a nossa confiança?


