Empenhado desde 2008 na luta pela criação e implantação de uma nova universidade federal no Estado, o deputado estadual Belarmino Lins (PP) está programando viagem a Brasília para entregar, pessoalmente, ao novo ministro da Educação, Rossiele Soares da Silva, Moção de Apelo de sua autoria, e aprovada pelo plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em favor da nova instituição de ensino superior.
Em 2008, exercendo a Presidência da Aleam, o deputado comandou um forte movimento político defendendo o projeto denominado à época Universidade Federal do Alto Solimões, em atenção aos reclamos de prefeitos, vereadores, professores e estudantes dos municípios que compõem a região. No Congresso Nacional, o deputado federal Átila Lins tornou-se o porta-voz do movimento que sensibilizou o corpo dirigente da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que providenciou estudos técnicos acerca do projeto.
“Em junho de 2011 encaminhamos indicação a então presidente Dilma Rousseff insistindo na luta pela nova Universidade Federal, sem, no entanto, obter resposta convincente”, afirmou.
Seis anos depois, por ocasião do I Seminário Municipalista da Assembleia Legislativa (SAM), ocorrido em 29 de novembro de 2017, o professor Edmilson Bruno da Silveira, assessor especial da Reitoria da UFAM, informou a deputados, prefeitos, vereadores e secretários municipais que as tratativas envolvendo a nova Universidade avançavam no âmbito do Ministério da Educação (MEC), relevando estudos técnicos realizados pela UFAM.
De acordo com o PNE
Segundo Belarmino, no seminário o professor Bruno informou que o então secretário nacional de Educação Básica do MEC, Rossiele Soares, conduzia com grande empenho as tratativas em torno do projeto que fora ampliado e que passaria a abranger 21 municípios em vez de apenas nove, situados nas calhas dos rios Solimões e Juruá.
Conforme Belarmino, a nova universidade está de pleno acordo com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e será “uma questão de justiça ao Amazonas” corrigindo um déficit de universidades federais em um estado-continente com sérias demandas de vagas para jovens entre 18 e 24 anos no contexto do ensino superior.
“O novo centro de ensino terá como sede o município de Tabatinga, no Alto Solimões, e será denominado Universidade Federal Pan Amazônica (UFPAN) ou Universidade Federal da Fronteira Norte (UFFN), contemplando demandas de 300 mil estudantes situados nessa região fronteiriça”, disse o deputado.