Aviões da Coreia do Norte disparam munição real perto da fronteira

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Oito caças e quatro bombardeiros realizaram manobras no norte da fronteira entre as duas Coreias por volta de 14h locais (2h de Brasília), segundo comunicado divulgado pelo Estado-Maior Conjunto da vizinha Coreia do Sul (JCS).

As aeronaves voaram em formação e, aparentemente, dispararam munição real sobre alvos situados em terra. Em dado momento, os aviões norte-coreanos cruzaram a linha de Vigilância Especial (estabelecida pela Coreia do Sul, a poucos quilômetros ao norte da fronteira aérea com o vizinho).

Por causa disso, a Força Aérea sul-coreana ativou uma operação de scramble (alerta de defesa), mobilizando 30 caças para a fronteira.

A ação norte-coreana chega depois que Pyongyang disparou dois mísseis de curto alcance, em resposta ao deslocamento até a região do porta-aviões americano Ronald Reagan, enviado à costa leste sul-coreana.

Por sua vez, o emprego da embarcação ocorreu depois do disparo de um míssil balístico de alcance intermediário, que o regime da Coreia do Norte disparou nesta terça-feira e que sobrevoou o norte do Japão, o que não acontecia desde 2017.

A Coreia do Sul respondeu ao lançamento da terça-feira (4) mobilizando, no mesmo dia, quatro caças F-16 e quatro caças F-15, que lançaram bombas de precisão sobre o mar Amarelo.

Ontem, tropas sul-coreanas e americanas dispararam também quatro mísseis de curto alcance. Hoje, o Ronald Reagan fez o mesmo na zona de manobras de detecção e interceptação de mísseis balísticos.

O projétil lançado na terça-feira pela Coreia do Norte foi o que teve maior distância percorrida na história, algo que, segundo os especialistas, implica uma mensagem de peso do regime.

A mobilização do Ronald Reagan, acreditam os analistas, serviria para o líder norte-coreano, Kim Jong-un justificar uma nova escalada de testes de armas, que incluiria a detonação de uma bomba atômica subterrânea.