Ataque contra edifício do governo no Afeganistão termina com 18 mortos

Fumaça sobe de edifício governamental na cidade afegã Jalalabad, atacado em 13 de maio de 2018 © AFP

O ataque reivindicado neste domingo (13) pelo Estado Islâmico (EI) contra um edifício governamental na cidade de Jalalabad, no leste do Afeganistão, terminou com a morte de 18 pessoas, entre elas os oito terroristas, informou à Agência EFE uma fonte oficial.

Dez pessoas, incluindo sete civis, morreram e outras 42 ficaram feridas no ataque contra um edifício do departamento de alfândegas, declarou à EFEe Attaullah Khogianai, porta-voz do governador da província de Nangarhar, da qual Jalalabad é a capital.

Khogianai confirmou que o ataque começou quando dois suicidas fizeram explodir o carro-bomba no qual estavam perto do edifício, no qual outros seis terroristas entraram posteriormente.

Os seis invasores foram abatidos durante a operação das forças de segurança, disse Khogianai.

O porta-voz acrescentou que o ataque começou por volta de 12h50 (horário local, 5h20 de Brasília) e durou cerca de cinco horas, durante as quais as forças de segurança resgataram 42 funcionários.

O porta-voz da polícia da província de Nangarhar, Hussain Mashriqiwal, declarou à EFEe que tropas especiais foram enviadas ao local para isolar a área.

O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico em mensagem divulgada pelo site de propaganda “Amaq”, vinculado ao grupo jihadista, na qual afirmou que uma operação suicida com um carro-bomba atingiu o edifício governamental.

Nas últimas semanas, vários ataques insurgentes mataram dezenas de pessoas no Afeganistão.

Em menos de um mês, 86 cidadãos morreram e 185 ficaram feridos em diferentes ataques a centros de registro de eleitores no Afeganistão desde que começou o processo de inscrição em 14 de abril para as eleições parlamentares, segundo dados da Missão das Nações Unidas para o Afeganistão (Unama).

Nangarhar, província fronteiriça com o Paquistão, é uma das áreas mais inseguras do Afeganistão e nela operam os talibãs e o Estado Islâmico.

(Com Agência EFE)