Articuladora dos ataques no RN é presa no Rio

Ela estava refugiada no RJ havia quase três anos

Foi presa no domingo (2), Andreza Cristina Lima Leitão, conhecida como Bibi Perigosa ou Andreza Patroa, em um condomínio de luxo na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela é acusada de ser a líder do Sindicato do RN, uma facção criminosa que atua no Rio Grande do Norte e que se originou de uma dissidência do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Andreza teria assumido o comando da organização após a morte do marido, que foi executado por rivais em 2020. Ela usava uma identidade falsa de Rafaela de Freitas Carvalho para se esconder no Rio há quase três anos.

A prisão de Andreza foi resultado de uma operação conjunta entre as polícias civis do Rio e do Rio Grande do Norte, que investigavam os ataques a ônibus, prédios públicos e bases policiais ocorridos entre os dias 14 e 25 de março no estado nordestino. Segundo as autoridades, Andreza era a responsável por ordenar as ações criminosas de dentro do Rio, como forma de intimidar o governo estadual e exigir melhorias nas condições dos presídios.

Andreza nega as acusações e afirma que vivia no Rio com uma mesada que recebia da família. Ela diz que não tem envolvimento com o Sindicato do RN e que não conhece os integrantes da facção. Ela também nega que tenha participado dos ataques no Rio Grande do Norte e que tenha tentado salvar o marido da execução.

O apelido de Bibi Perigosa faz referência à personagem da novela “A Força do Querer”, interpretada por Juliana Paes, que se envolve com o tráfico de drogas por amor ao marido. A personagem, por sua vez, foi inspirada na história real de Fabiana Escobar, a Bibi Perigosa da Rocinha, que foi casada com um traficante da favela carioca.

Andreza será transferida para o Rio Grande do Norte, onde responderá pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, porte ilegal de armas e homicídio. Ela pode pegar até 30 anos de prisão se for condenada.