Aquário da Flórida libertará orca após mais de 50 anos em cativeiro

Lolita, como era conhecida, foi capturada em 1970 em Seattle, mas viveu a maior parte da vida em um parque na Flórida

Um aquário da Flórida fechou acordo com defensores do bem-estar animal para libertar Lolita, uma orca de 2.268 kg mantida em cativeiro por mais de meio século, disseram autoridades na última quinta-feira (30).

O Miami Seaquarium disse que chegou a um “acordo vinculativo” com a organização sem fins lucrativos Friends of Lolita para devolver a baleia, que recentemente se aposentou das apresentações, a um habitat oceânico no noroeste do Oceano Pacífico dentro de dois anos.

Lolita, uma orca de 57 anos capturada em 1970 em uma enseada perto de Seattle, também é conhecida como Toki, abreviação do nome nativo americano da baleia, Tokitae, informou o Miami Herald. O plano de devolver Lolita ao habitat natural requer aprovação federal, segundo o jornal.

O processo para devolver Lolita às suas “águas natais” levou anos para ser concluído, começando pela transferência da propriedade do aquário para a The Dolphin Co, disse a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em entrevista coletiva. Mais tarde, a empresa fez parceria com a organização sem fins lucrativos para fornecer assistência médica à baleia.

O proprietário anterior do Seaquarium, SeaWorld Entertainment Inc, encerrou as apresentações de orcas em 2016. Lolita, que já foi uma das principais atrações do Seaquarium, foi aposentada dos shows em março de 2022, após a administração mudar de mãos.

“Encontrar um futuro melhor para Lolita é uma das razões que nos motivou a adquirir o Miami Seaquarium”, disse o presidente-executivo da Dolphin Co, Eduardo Albor, em comunicado.

A pressão para libertar Lolita ganhou força depois que o documentário de 2013 “Blackfish” destacou o cativeiro das orcas.