O movimento libanês Hezbollah realizou o disparo de 40 mísseis contra Meron, localizada no norte de Israel. Esses ataques acontecem como resposta após a morte do número 2 da ala política do Hamas, Saleh al-Alouri , na última terça-feira (2) em Beirute, capital do Líbano. O ataque foi confirmado pelas Forças de Defesa de Israel , entretanto, o Hezbollah fala em mais de 60 mísseis.
A tensão na região está ainda mais elevada após o governo libanês apresentar uma queixa no Conselho de Segurança da ONU após os ataques de drones de Israel à Beirute, capital do Líbano. O governo local declarou que o bombardeio é a “fase mais perigosa” das agressões que Israel faz ao país.
O líder do grupo radical Hezbollah, Hassan Nasrallah , declarou que um ataque a Israel seria inevitável.
“A resposta é inevitável. Nossos combatentes, em todas as zonas fronteiriças responderão a essa perigosa violação”, declarou, “Não podemos nos calar perante uma violação dessa magnitude, porque significaria que todo o Líbano estaria exposto”, concluiu.
Antes das declarações de Nasrallah, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou as autoridades dos Estados Unidos que um confronto contra o Hezbollah é questão de tempo . Anthony Blinken, secretário de Estado americano, está no Oriente Médio tentando evitar uma ampliação dos conflitos armados na região.
Nasrallah afirma que se Israel conquistar a Faixa de Gaza, o sul do Líbano será o próximo objetivo militar do país.
Desde 7 de outubro, quando o confronto entre Israel e o Hamas se iniciou, a região do sul do Líbano registrou alguns ataques vindos das forças israelenses , mas somente na última semana, um ataque atingiu a capital Beirute.
“Se o inimigo considerar travar guerra contra o Líbano, nossa batalha não terá fronteiras nem regras. Não temos medo da guerra. Aqueles que pensam em entrar em guerra conosco vão se arrepender. A guerra conosco terá um custo muito, muito, muito alto; o crime não ficará impune”, declarou Nasrallan.