
Aplicativos para espionar WhatsApp, como spywares, extensões de navegador e softwares para PC, podem pôr em risco os dados pessoais tanto da vítima quanto do stalker. Com promessas exageradas, como “espionar o WhatsApp à distância só com o número grátis”, os programas alegam hackear as conversas do mensageiro.
Contudo, esse tipo de software abusa de permissões e acessos de privacidade para coletar dados de quem o utiliza, além de vir acompanhados de malwares e adwares e não entregar o que promete, já que o WhatsApp é protegido com criptografia.
Veja a lista com cinco riscos do uso de apps para espionar o WhatsApp e entenda por que não é recomendado usar essas plataformas.
1. Spyware pode ser um malware disfarçado
Os aplicativos espiões podem ser encontrados em diferentes formatos com a suposta premissa de hackear serviços à distância. No entanto, é preciso ter cuidado, já que elas podem representar riscos para o computador ou smartphone tanto de quem espiona, quanto de quem é espionado.
Em pesquisa conduzida pela empresa de segurança ESET, constatou-se que esses softwares não funcionam, já que são incapazes de burlar a criptografia de ponta-a-ponta do WhatsApp. As plataformas, no entanto, podem ser utilizadas por criminosos para o disparo de adwares, que são malwares de publicidade que podem financiar o cibercrime.
Além disso, como alguns spywares exigem a instalação de softwares para “funcionar”, é possível que o usuário que espiona esteja, na verdade, baixando programas infectados com códigos maliciosos. Isso, por sua vez, pode deixar o computador ou celular vulnerável a ataques mais graves.
2. Há risco de ser um adware
É possível também que aplicativos espiões sejam, na verdade, de adwares. Os softwares de publicidade não são maliciosos na grande maioria das vezes, mas exibem propagandas de forma agressiva, o que pode incomodar usuários. Além disso, os adwares podem servir de entrada para infecções mais graves, já que os cibercriminosos podem explorar vulnerabilidades a partir dessas ferramentas.
As extensões para o Chrome, por exemplo, são um risco. Como é necessário instalar um programa para executá-las no navegador, é possível que os cibercriminosos utilizem este passo para explorar brechas de segurança e executar atividades suspeitas no computador sem o seu consentimento. A mesma lógica se aplica aos aplicativos de celular, que podem ser utilizados por criminosos para explorar vulnerabilidades do smartphone e facilitar infecções por malwares mais perigosos.
3. Dados pessoais podem ser expostos
Outro risco ao utilizar essas plataformas está em ter seus dados pessoais expostos na Internet. Alguns sites e programas podem exigir informações, como o sistema operacional utilizado pelo usuário e o número de telefone do contato que será espionado, por exemplo. Com esses dados, cibercriminosos podem desenvolver programas maliciosos para infectar um nicho ou alvo específico.
Se a maioria de usuários que buscam esses serviços utiliza o sistema operacional Windows 10 ou Android 11, por exemplo, é possível que os atacantes desenvolvam programas maliciosos específicos para atingir esses alvos. Eles podem também usar o número de telefone do usuário para um ataque mais pontual e agressivo, além de permitir que esse dado sensível fique exposto para terceiros na Internet.
4. Permissões invasivas deixam o usuário vulnerável
Outro ponto a ser considerado ao baixar programas que prometem espionar terceiros são as permissões requeridas pelos aplicativos. É possível que esses apps se aproveitem das permissões concedidas pelos usuários ou ainda solicitem permissões em excesso. Dessa forma, além de deixar o celular vulnerável com o abuso dessas concessões, elas também podem acabar coletando dados sensíveis, que podem ser posteriormente utilizados para aplicar golpes, por exemplo.
5. Apps para espionar WhatsApp não costumam funcionar
Aplicativos, softwares para computador e extensões do Chrome que alegam espionar o WhatsApp de terceiros à distância não funcionam. O máximo que esses programas podem fazer é avisar quando um contato fica online no mensageiro e quando foi a última visualização no chat – isso, é claro, se o “visto por último” do usuário estiver ativado. Vale lembrar que esses dados já estão disponíveis de forma nativa no mensageiro.
Além disso, a criptografia de ponta-a-ponta do app impede a espionagem, já que não é possível corromper as mensagens enviadas e recebidas pelo WhatsApp. Portanto, baixar softwares suspeitos e conceder permissões abusivas pode ser prejudicial para o próprio espião, que concede dados e informações em troca de um serviço que, na prática, não funciona.
FONTE: TechTudo, WeLiveSecurity, Kaspersky e MeTimeTech


