BRASIL — Das 3.177 vagas do 38º edital do programa Mais Médicos, apenas 171 (5%) foram preenchidas por profissionais formados fora do Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Os participantes com registro nos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina) somam 3.005 (95%).
Na última edição do Mais Médicos, a proporção de profissionais formados no Brasil ficou em 84,7%, enquanto 15,3% concluíram a graduação em outros países.
O Nordeste é a região que vai receber a maior quantidade de médicos, com 1.104 (34,7% dos participantes), e o Centro-Oeste vai alocar a menor proporção de inscritos, com 174 (5,4%). O Sudeste terá 853 (26,9%); o Sul, 664 (21%); e o Norte, 381 (12%).
São Paulo (457), Rio Grande do Sul (275) e Bahia (246) são os estados que mais receberão profissionais.
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas uma vaga das vagas oferecidas no 38º edital não foi ocupada, em São Jerônimo (RS) — a pasta federal não esclareceu o motivo do não preenchimento.
Em relação à raça, 53,9% dos médicos selecionados se identificam como brancos e 42,2%, como negros (32,9% pardos e 9,3% pretos). Outros 3,4% se dizem amarelos, e 0,5%, indígenas.
Inscrições
A atual edição do programa recebeu 33.014 inscrições — 3.079 (9,3%) de cotistas, dos quais 382 (12,4%) pleitearam uma vaga para PcD (pessoas com deficiência) e 2.741 (88%) se registraram para as reservas étnico-raciais.
Mais da metade das inscrições para a atual edição do Mais Médicos foi feita por mulheres 18.782 (56,9%). Além disso, 14.196 dos registros foram feitos por homens (43%) e 36 (0,1%) foram de pessoas que preferiram não informar o sexo.
Em relação ao local de formação de quem se inscreveu para o programa, 15.699 (47,5%) concluíram a graduação no Brasil e 13.467 (40,8%) são brasileiros formados no exterior. Outros 3.848 (11,7%) são estrangeiros formados em outros países.
Volta do programa
O Mais Médicos foi retomado pelo governo federal em 2023, focando, principalmente, em regiões com vazios assistenciais, com oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento em saúde da família e comunidade aos profissionais, além de incentivos e benefícios para atuação em áreas vulneráveis.
Desde o ano passado, os participantes do programa podem fazer especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que faz parte dos programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no SUS (Sistema Único de Saúde).
A quantidade de médicos em atividade no programa aumentou 93,83% desde o início de 2023 — de janeiro do ano passado até junho de 2024. Atualmente, são 24.894 médicos e médicas em todo o Brasil, 12.051 a mais que em dezembro de 2022.