Amor não correspondido termina em assassinato de jovem, na zona Norte

Segundo a família, a vítima e o agressor eram vizinhos. © Divulgação

Um homem identificado como Paulo Sergio de Oliveira, de 28 anos, foi preso na tarde deste sábado (22). Ele é apontado como o principal suspeito do assassinato da cuidadora de idosos Raquel Melo, de 20 anos, que estava desaparecida desde a última quarta-feira (19). A informação é do sargento Batalha, da 12ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).

Segundo a Polícia Militar, apesar do corpo da vítima ainda não ter sido encontrado até as 17h deste sábado, Paulo Sergio confessou ter matado a jovem e enterrado o corpo em uma área de mata próxima de um igarapé. O suspeito foi capturado quando trabalhava como pedreiro em uma casa na comunidade Águas Claras, bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.

“Nossas equipes fizeram buscas na casa do suspeito, porém ele não estava no imóvel. Só encontramos vestígios do crime, muito sangue pela cama. Ele foi localizado por um tio da vítima e um policial militar, que estava fora do horário de serviço. Nossa viatura foi acionada e o  levamos para a delegacia, onde confessou o crime”, disse o sargento.

Após a prisão do suspeito, moradores da comunidade, amigos e familiares da vítima se mobilizaram para encontrar o corpo no local, onde Paulo Sergio informou ter enterrado. Porém, até às 17h deste sábado o cadáver não havia sido encontrado. Policiais da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) atuam na área e as buscas devem continuar até que haja visibilidade na área.

“Ele informou que enterrou o corpo da jovem, porém a região já foi vasculhada e não encontramos nada. A suspeita é que ele tenha feito uma cova rasa, no terreno ao lado do igarapé, e com as fortes chuvas que caíram na cidade, nos últimos dias, o corpo tenha sido arrastado pela água”, informou Batalha.

Paulo foi encaminhado à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), onde está sendo interrogado.

Crime passional 

Familiares de Raquel informaram que o suspeito e a vítima eram “amigos” e se conheciam há mais de um ano. Para eles, a jovem foi assassinada por não aceitar ter um relacionamento com Paulo Sérgio, configurando o homicídio um crime passional.

“Ele queria namorar com ela, ficava sempre atrás dela. Apesar dessa situação, ela nunca deixou de falar com ele. Eram amigos, tanto que na quarta [19], no dia em que ela sumiu, ele foi na casa dela e disse que ela havia esquecido o celular e levaria para ela. Entregamos o aparelho e no dia seguinte, quando fomos ligar para ela, o celular já estava desligado”, disse uma tia da jovem, a autônoma Ivone Melo da Silva, de 50 anos.

Segundo Ivone, o suspeito ainda demonstrava preocupação após o desaparecimento da jovem.

“Ele perguntava se ela já havia aparecido e o questionamos, porque ele foi a última pessoa que havia visto ela. Mas, ele se contradizia e falava que ela havia pegado um Uber e depois falava que ela tinha pegado um mototáxi”, disse a tia, que ainda lamentou a morte por a sobrinha ser nova e ter sonhos interrompidos de uma forma, segundo ela, trágica.

“Ela tinha terminado o ensino médio e queria fazer faculdade de Direito. Era uma jovem do bem”, lembra a mulher.

Por Em Tempo