Amom Mandel inclui representantes do AM em audiência pública para baratear tarifas de energia

Deputado Amom Mandel (Cidadania)

Foi aprovado na Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais (CPOVOS), nesta terça-feira (17/10), um requerimento do deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) para a inclusão do governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), e de um representante da Concessionária Amazonas Energia S/A em audiência pública que irá tratar sobre as tarifas de energia elétrica. A reunião será em conjunto com a Comissão de Minas e Energia (CME) e ainda não teve data definida.

O custo de energia elétrica no Brasil aumentou 47% nos últimos cinco anos, segundo pesquisas realizadas pela plataforma Cupom Válido em 2022, que se baseia nos dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). Em novembro de 2021, a tarifa do Amazonas passou a ser uma das mais altas do país, custando R$ 0,803 por kWh.

Isso impacta tanto na capital, quanto para a população ribeirinha e indígena. Os valores da taxa de energia elétrica praticados no Amazonas representam o dobro do restante do país. Em uma audiência no Senado Federal, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, informou que a tarifa média de energia na região Norte deve subir 17,6% este ano.

“No Brasil, em média, ela deve subir 6,9%, mas os números se tornam ainda mais alarmantes financeiramente falando para três regiões brasileiras: Norte (17,6%), Nordeste (7,9%) e Centro-Oeste (6,5%). Já o Sul (4,5%) e o Sudeste (5,7%) os reajustes não saíram tão caros”, contesta o parlamentar em um trecho do requerimento.

Amom entende que na audiência é extremamente importante trazer representantes amazônidas, junto com gestores do Pará e do Amapá – outras regiões que também possuem altos custos de energia para a população.

A intenção do deputado é construir tarifas mais baixas para o Amazonas, além de otimizar o uso da energia, já que 53,5% são efetivamente utilizados para a geração, transmissão e distribuição de energia – os outros 46,5% são compostos por taxas, furtos, impostos e ineficiências.