Amazonas tem redução no número de casos notificados de sarampo

A faixa etária entre 6 meses e 5 anos continua registrando o maior número de casos da doença

Os casos de sarampo, no Estado, apresentam sinais de declínio. É o que o indica a 31ª edição do Boletim Epidemiológico do Surto de Sarampo no Amazonas, divulgada nesta terça-feira (23/10) pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), órgão da Secretaria Estadual de Saúde (Susam). Segundo o órgão, as notificações da doença apresentaram redução de 76,8%, na primeira quinzena de outubro, comparado ao mesmo período de setembro.

Na primeira quinzena de outubro foram registrados 97 notificações, contra 418 em setembro. No acumulado do ano, são 10.510 casos notificados, distribuídos em 48 municípios do Estado. Destes, são 2 mil confirmados, em 31 municípios. Seguem em investigação 7.606 casos e outros 904 foram descartados.

De acordo com o diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque, a confirmação de casos está diretamente relacionada à conclusão dos exames laboratoriais. “Como a confirmação é um processo um pouco mais demorado e houve, no início do surto, um atraso na chegada dos kits para exames enviados pelo Ministério da Saúde, é normal que tenhamos mais casos confirmados aparecendo neste momento, mas as notificações de novos casos estão caindo, assim como as internações também reduziram, significativamente, nos hospitais, em comparação com as primeiras semanas do surto.

Manaus tem 1.324 casos confirmados de sarampo, seguido por 323 em Manacapuru, 57 em Itacoatiara, 50 em Parintins, 39 em Coari, 36 em Iranduba, 25 em Autazes, 21 em Novo Airão, 18 em Presidente Figueiredo, 14 Maués, 13 em Rio Preto da Eva, 12 Juruá, 09 em Manaquiri e Careiro em cada.

Os municípios com o maior número de notificações são Manaus, com 8.217 casos, e Manacapuru, com 1.035. Itacoatiara tem 246 casos notificados, Iranduba tem 125, Coari tem 115, Parintins tem 108, Juruá tem 67, Autazes tem 50, Manaquiri tem 53, Rio Preto da Eva tem 48, Careiro tem 44,  Presidente Figueiredo têm 48  e Novo Airão tem 41.

Albuquerque salienta que apesar do decréscimo das notificações, ainda assim, o serviço de saúde e a população devem permanecer atentos. “O vírus continua circulando, e isso significa que o grupo de suscetíveis (que podem adoecer), ainda é expressivo, e a única forma de prevenção é a vacina  tríplice viral, que encontra-se disponível em todas as unidades básicas de saúde da capital e do interior”, disse.