O Amazonas realizou, na manhã desta sexta-feira (6), o 1º Simulado de Caso Suspeito do Novo Coronavírus (Covid-19) em Trânsito Aéreo para testar as ações das vigilâncias e assistência de saúde diante da possibilidade de um paciente sob suspeita de estar com o novo coronavírus dentro de uma aeronave em Manaus. O simulado ocorreu no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na zona oeste da capital amazonense.
A realização do exercício foi decidida em reunião do Comitê Interinstitucional Ampliado de Gestão de Emergência em Saúde Pública para Resposta Rápida ao Vírus Respiratório (Covid-19), na sede da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O coordenador de Vigilância Sanitária de Portos Aeroportos e Fronteira, da Anvisa, Região Norte, Jerfeson Nepumuceno Caldas, apontou que o simulado é importante para verificar se os fluxos de comunicação e de atendimento de um caso suspeito de Covid-19 estão sendo realizados de maneira correta.
“É a oportunidade de avaliar se o plano de contingência será realizado de maneira correta, eficaz e eficiente para evitar qualquer dano, perda de tempo, e qualquer possibilidade erro”, afirmou Jerfeson.
De acordo com enfermeiro do Departamento de Vigilância Epidemiológica da FVS-AM, Alesxandro Melo, o simulado é importante para alinhar as ações das instituições diante de um caso suspeito de Covid-19. “Nessa simulação, outras pessoas passaram mal, e depois o médico do aeroporto avaliou e descartou esses casos como suspeitos”, detalhou Alesxandro.
O gerente de Produtos do Departamento de Vigilância Sanitária da FVS-AM, Jackson Alagoas, apontou que o simulado também foi a oportunidade para acompanhar o trabalho de desinfecção da aeronave com a assepsia dos bancos onde os passageiros com suspeita simulada para Covid-19 estavam sentados.
“A equipe de limpeza retirou os bancos, limpou os assentos e encostos das poltronas com álcool em gel. Também foi feita a limpeza do banheiro, já que o passageiro simulado usou o local na aeronave”, explicou Jackson.
Simulação
Na simulação, um passageiro passa a tossir e apresentar falta de ar, dificuldade respiratória, dor de garganta, febre e coriza, que são sintomas associados a uma gripe comum, mas também ao Covid-19. O exercício incluiu também outros dois passageiros, uma mãe e uma criança que sentiram fadiga durante o voo e, após a avaliação médica do aeroporto, são descartados como casos suspeitos de Covid-19.
Os passageiros chamam uma das comissárias de bordo e informam os sintomas. A tripulação inicia o procedimento esperado para situações como a simulada: entrega de máscaras e busca por médicos entre os presentes no voo, além de encaminhamento dos passageiros sintomáticos para uma das extremidades da aeronave.
A equipe de bordo busca manter os passageiros sob controle e informa a situação ao comandante do voo que, por sua vez, a repassa ao centro operacional aéreo. Em seguida, o plano de contingência do aeroporto é acionado. Ao conseguir autorização para aterrissar em área restrita do aeroporto, o chefe de cabine da tripulação informa ao posto médico da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que atende os passageiros prestando os primeiros socorros necessários.
A equipe da Anvisa segue para a aeronave, juntamente com a equipe médica, e encontra a tripulação para identificar se realmente se trata de um caso suspeito de Covid-19.
*Com informações da assessoria