Amazonas lidera ranking em mortes de crianças indígenas no país

Em 2023, 295 crianças indígenas de até 4 anos perderam suas vida.

MANAUS, AM — Um relatório alarmante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) revela que o Amazonas se tornou o epicentro da violência contra os povos indígenas no Brasil em 2023. O estado lidera tristes rankings de mortes de crianças, assassinatos de indígenas e violência por omissão do poder público.

Mortes de crianças indígenas alcançam nível assombroso

O Amazonas se destaca como o local com o maior número de mortes de crianças indígenas no país. Em 2023, 295 crianças indígenas de até 4 anos perderam suas vidas, um número chocante que supera os índices de Roraima e Mato Grosso. Esse dado representa um aumento de quase 20% em relação a 2022 e expõe a negligência alarmante à saúde indígena na região.

Assassinatos de indígenas também registram crescimento

O Amazonas também figura entre os estados com maior número de assassinatos de indígenas. Com 36 mortes registradas em 2023, o estado fica atrás apenas de Roraima (47) e Mato Grosso do Sul (42). A violência brutal contra os povos indígenas demonstra a urgência de medidas de proteção mais eficazes por parte das autoridades.

Omissão do poder público agravam o cenário

O Amazonas lidera ainda o ranking de violência contra o patrimônio indígena, com 280 casos, seguido por Mato Grosso do Sul (190) e Mato Grosso (112). Além disso, o estado se destaca negativamente por registrar o maior número de casos de violência por omissão do poder público (56), seguido por Acre (50) e Pará (34). Essa omissão por parte do Estado contribui para a perpetuação da violência e da impunidade, violando os direitos básicos dos povos indígenas.

Dados revelam necessidade urgente de ações concretas

Os dados do Cimi expõem uma realidade cruel e inaceitável para os povos indígenas no Amazonas. É fundamental que as autoridades tomem medidas urgentes e eficazes para combater a violência em todas as suas formas, garantir a proteção das crianças indígenas e assegurar os direitos básicos desses povos. A omissão e a negligência não podem mais ser toleradas.