Amazonas FC quer R$ 100 milhões para a Série B de 2024

Chute de Sassá morre no fundo do gol e garante o título da Série C.

O Amazonas FC, que domingo (22/10) decide a Série C, em Brusque-SC, faz planos ousados para 2024, quando disputará a Série B. O primeiro jogo terminou em 0 a 0, em Manaus. O time tem, hoje, folha de pagamento em torno de R$ 1,1 milhão, mas buscará reforços para disputar a Série B, em 2024. “O Amazonas FC quer R$ 100 milhões”, afirma o empresário Fábio Garcia. Ele foi um dos primeiros patrocinadores e é muito próximo do presidente do clube, Wesley Couto.

Só para comparação, a folha mais alta do São Raimundo, que ficou seis anos na Série B, era de R$ 350 mil. A outra face da moeda é que Neymar, no futebol árabe, ganhará R$ 1,7 bilhão, em dois anos.

Wesley, por outro lado, desconversa: “Vamos primeiro nos concentrar nessa final da Série C. Série B só no ano que vem”. O presidente é dono do CNPJ do clube. Ele teria recusado uma proposta de R$ 80 milhões, para venda, após o acesso.

O CEO do Amazonas FC, Roberto Peggy, no entanto, é mais direto. “Nosso lugar é na Série A”, disse, em entrevista ao UOL.

O “onça pintada” foi fundado em 2019, quando disputou e ganhou a Série B do Campeonato Estadual. Em 2022 estava na Série D e foi promovido à Série C. Em 2023, o clube ficou entre os quatro promovidos à Série B e ainda pode conquistar o primeiro título brasileiro de futebol profissional do Amazonas.

De onde vem o dinheiro
O Amazonas FC receberá R$ 30 milhões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como ajuda de custo, pelo acesso à Série B. A PixBet, uma das casas de apostas que atuam no Brasil, teria oferecido um patrocínio de R$ 28 milhões.

Há os patrocinadores atuais, que pretendem renovar com o clube. Só um deles, privado, pagou R$ 3 milhões na campanha de subida para a segunda divisão do futebol brasileiro.

O time ainda contabilizará, fora isso, as rendas no Barezão 2024, que deve começar em janeiro, Copa do Brasil e a própria Série B. No jogo decisivo para a subida, contra o Botafogo-PB, o público na Arena da Amazônia foi superior a 50 mil, embora os borderôs oficiais tenham ficado nos 44 mil da capacidade do estádio.

A primeira providência é a manutenção da espinha dorsal do elenco atual. Sassá, artilheiro do time, ex-Botafogo-RJ, tem dito que fica. Igor Bolt, companheiro de ataque, também. O goleiro Edson Mardden, o lateral Patric, o meia Rafael Tavares e o uruguaio Jorge Jiménez estão em negociação.

Essa onça tem muita água para beber.