O município de Amaturá com um dos menores orçamentos do interior do Estado e com uma população estimada em 11.242 habitantes, foi um dos três municípios que mais investiu em saúde por habitante ficando em terceiro lugar no ranking estadual dentre os 62 municípios do Amazonas em 2017.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21/01) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), indica que o gasto per capita no município foi de R$ 334,88, ficando atrás de Japurá, com R$ 902,20 para uma população de 4.205 habitantes e de Presidente Figueiredo com 588,62 para uma população de 34.574 moradores. A análise de gastos em saúde pelos municípios compreende o período de 2013 a 2017.
Por região, Amaturá ficou em primeiro lugar no Alto Solimões batendo os outros nove municípios. Tabatinga considerado município polo, gastou menos de R$ 100,00 per capita, enquanto Benjamin Constant, a Prefeitura aplicou R$ 138,97.
De acordo com o CFM, na última década os municípios tiveram um aumento médio de 50% em gastos com a saúde com recursos próprios, diante da diminuição do financiamento federal que reduziu de 75% para 43% no ano de 2017.
“A diminuição de recursos federais tem sido constante nos últimos anos e as demandas só aumentam no município. Mesmo assim com um orçamento pequeno nós aumentamos em 2017 em pouco mais de vinte e oito por cento os gastos com a Saúde com a utilização de recursos próprios”, observou o prefeito Joaquim Corado.
Em 2016 último ano da gestão anterior, foram gastos R$ 260,79 por habitante e já no primeiro ano de mandato do atual prefeito foram aplicados R$ 334,88 per capita.
“Nós investimos na compra de equipamentos, estruturas como novos postos, pagamento de passagens (ida e volta) para pacientes em Tratamento Fora de Domicílio, Casas de Apoio, reformas de prédio, folha de pagamento e encargos, compra de medicamentos. Tudo isso está nos gastos até mesmo as campanhas de vacinação promovida pelo Ministério da Saúde”, afirma Maria de Nazaré.
Ela observou que a Prefeitura tem arcado com gastos de responsabilidade de outros entes federativos (Estado e União). Ela citou como exemplo do hospital de Amaturá, que é de responsabilidade do Governo do Estado. “Em 2017 praticamente a Prefeitura manteve sozinha o hospital. O Estado não repassou praticamente nada e até hoje o Município assume despesas como a compra de medicamentos, insumos e até mesmo a folha de pessoal da unidade”, assinalou.
Os dados completos do Conselho Federal de Medicina estão disponíveis em seu site http://portal.cfm.org.br/.