MANAUS — Mais de 160 mil alunos da Prefeitura de Manaus, de 365 escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed), participaram, nesta quarta-feira, 5/10, da última Avaliação de Desempenho do Estudante (ADE) de 2022, destinada aos estudantes do 2º ao 9º ano do ensino fundamental e da 3ª e 4ª fase da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e para isso foram impressos 163 mil cadernos.
A ADE é uma avaliação interna, nos moldes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), prova nacional que compõe a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A ação é coordenada pela Divisão de Avaliação e Monitoramento (DAM), da Semed, e busca avaliar as habilidades e competências desenvolvidas pelos estudantes nos componentes curriculares de língua portuguesa e matemática.
A avaliação é aplicada duas vezes no ano, e com o resultado a Semed pode realizar intervenções na aprendizagem dos alunos. “É esse resultado que norteia as ações que a Semed deve desenvolver no próximo ano. Por exemplo, se o aluno não consegue resolver problemas de matemática, o professor inicia atividades de interpretação de texto e com isso conseguimos identificar o problema e trabalhar da melhor forma possível para garantir uma aprendizagem de qualidade”, declarou o chefe da DAM, Leandro Anjos.
Na escola municipal Antônia Pereira da Silva, localizada no bairro Santa Etelvina, zona Norte, cerca de 980 alunos fizeram a prova, que contém 41 questões, sendo 20 de Português e 21 de Matemática, com duração de 4 horas. De acordo com a professora de Português, Maria de Jesus Sarmento, a unidade tem se preparado para a avaliação desde o início do ano letivo.
“Durante todos esses meses, os nossos alunos estão participando de atividades que os preparam para a avaliação. Nós realizamos vários simulados, lendo vários livros com interpretação de textos, tudo isso para que eles estejam preparados”, comentou a professora.
Já a aluna Karla Gabrielle da Silva, 14 anos, do 9º ano, disse que além de prestar bastante atenção nas aulas, em casa, ela também tira um tempinho para estudar.
“Eu estudo bastante durante as aulas e presto muita atenção. Em casa, sempre tiro umas duas horas para estudar, além de assistir a várias videoaulas, por isso não senti tanta dificuldade para responder as provas”, falou a aluna.
Inclusão
Para garantir a inclusão na rede municipal de ensino, este ano, as provas foram totalmente acessíveis, para que todos os estudantes participassem da avaliação. Para os alunos que são deficientes visuais, as provas foram aplicadas em braille, enquanto os deficientes auditivos que sabem Libras, tiveram tradutor e intérpretes da linguagem.
Os estudantes deficientes visuais e que não sabem braille, tiveram ledores e transcritores, assim como os deficientes físicos impossibilitados de escrever com as mãos, pés ou boca. Já os alunos com baixa visão, as provas foram ampliadas.
Devido a todas essas possibilidades, essa é a primeira vez que a aluna Eive Carolynne Farias, 13 anos, do 8º ano, que é cega, pode participar da avaliação junto com os amigos da turma.
“Essa é a primeira vez que eu faço a prova. Foi um pouco difícil as questões, mas estou feliz em também poder participar dessa avaliação junto com os meus amigos”, disse a aluna.
A prova em Braile foi aplicada com a ajuda da assessora pedagógica da Gestão Integrada da Educação (Gide), Andréia Veras dos Santos. “A aplicação da prova em Braile é um marco para rede municipal de ensino. A avaliação é igual a dos outros alunos, mesmo conteúdo, quando ela encontra alguma dificuldade, a gente para e faz novamente a leitura”, explicou Andréia.