
RORAIMA — Uma medida inesperada da Venezuela colocou o comércio de Roraima em xeque. O país vizinho decidiu retomar a cobrança de impostos sobre produtos brasileiros, rompendo o Acordo de Complementação Econômica nº 69 e afetando cerca de 70% das exportações do estado.
As novas alíquotas variam entre 15% e 77% e atingem diretamente o setor produtivo local, que dependia da isenção para manter sua competitividade. Em 2024, as exportações brasileiras para a Venezuela somaram US$ 1,2 bilhão.
Roraima se mobiliza: governo e indústria em ação
Autoridades estaduais e representantes da indústria agiram rápido. Em uma missão conjunta com Brasília e Caracas, estão pressionando pela reversão da medida e normalização do fluxo comercial.
A Federação das Indústrias de Roraima (Fier) abriu investigação para apurar as causas da nova cobrança e iniciou diálogo com agentes diplomáticos dos dois países. Já o governo estadual acionou os ministérios da Fazenda, Indústria e Comércio e o Itamaraty em busca de soluções.
Diplomacia tenta salvar acordo internacional
O Itamaraty e o MDIC confirmaram que acompanham o caso de perto. A Embaixada do Brasil em Caracas apura os motivos da mudança e tenta garantir o cumprimento do acordo que proíbe a cobrança de tarifas entre os países.
Apesar da gravidade, a Venezuela ainda não apresentou justificativas formais. Produtos como milho, melaço e alimentos industrializados são os mais afetados.
Hora de proteger a economia e defender o produtor
A situação acende um alerta: acordos comerciais internacionais devem ser respeitados. Para Roraima, a medida afeta não apenas cifras, mas milhares de empregos e o sustento de famílias.
Mais do que nunca, é hora de união e estratégia. A defesa do comércio justo e da previsibilidade é urgente. O futuro econômico do estado depende dessa resposta firme.


