Adaf combate foco de doença infectocontagiosa em cavalos

Um foco de 'mormo', uma grave doença infectocontagiosa, foi identificado em Nhamundá, município distante 383 km de Manaus. ─ Foto: Divulgação

A Agência de Defesa Agropecuária do Amazonas (Adaf) está combatendo um foco de mormo – grave doença infectocontagiosa que acomete principalmente os equídeos – no município de Nhamundá, distante 383 quilômetros de Manaus, na região do Baixo Amazonas. O foco foi identificado em 2019, quando os animais que obtiveram resultado positivo para enfermidade foram sacrificados, conforme preconizado na Instrução Normativa nº 6, de 16 de janeiro de 2018.

Fiscais agropecuários da Adaf coletaram sangue dos demais equídeos que tiveram contato com os animais positivos para continuidade da vigilância epidemiológica. Os cavalos que tiverem resultado positivo para a doença também terão que ser sacrificados, já que a doença não tem cura e pode comprometer todo o complexo agropecuário de equídeos, trazendo riscos à população do município por se tratar de uma zoonose.

O serviço veterinário da Adaf foi reforçado no estado com a integração dos médicos veterinários aprovados em concurso público. O fiscal agropecuário e médico veterinário, Mário Arthur Leal, é um dos novos integrantes do quadro técnico da agência. Ele explica que o mormo é uma doença causada por bactéria que atinge asininos, equinos e muares. Os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento.

“Trata-se de uma doença que não tem tratamento, é uma zoonose com risco de passar para humanos. Portanto é uma questão de saúde pública”, alerta o veterinário.

O caso de mormo foi identificado após exames de rotina para eventos agropecuários, conforme determina o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Houve resultado positivo para um animal no exame de Western Blot (WB) – usado para o diagnóstico da doença – e o caso foi notificado à Adaf, que deu início ao saneamento da propriedade e notificou a Secretaria de Saúde do município.

O processo de saneamento consiste em isolar os animais suspeitos, realizar a coleta de sangue, manter o isolamento até que saiam os resultados dos exames e sacrificar os animais cujo resultado for positivo. O sacrifício é feito segundo normas do Mapa, sem sofrimento e com mínimo estresse para o animal. Os exames são feitos no laboratório Lanagro, de Pernambuco, único credenciado pelo Mapa para esse tipo de exame.

A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE) na Adaf, Jeane Cristini de Oliveira Barbosa, ressalta que os proprietários de equídeos precisam ficar atentos a sintomas como lesões ulcerativas, nódulos, secreção nasal, apatia ou febre. Caso sejam observados esses sintomas, o produtor deverá imediatamente notificar a Adaf para que o serviço veterinário oficial vá ao local e faça a investigação epidemiológica.

“Essa é uma doença de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial, conforme a Instrução Normativa do Mapa nº 50, de 24 de setembro de 2013. Trata-se de uma importante zoonose, portanto, todo caso suspeito de mormo deve ser notificado à Adaf”, enfatiza a coordenadora.

*Com informações da assessoria