BRASÍLIA (DF) — A CPMI dos Benefícios do INSS determinou nesta terça-feira (2/12) a prisão em flagrante do ex-coordenador-geral de Benefícios por Aposentadoria e também ex-vereador de Manacapuru, Jucimar Fonseca da Silva, após quase 9 horas de acareação e depoimento.
O relator da comissão, senador Rogerio Marinho (PL-RN), justificou a medida alegando que Jucimar cometeu crimes de falso testemunho, obstrução de justiça e destruição de provas. O ex-gestor teria apagado mensagens de WhatsApp e negado participação em grupos que discutiam fraudes de mais de R$ 80 bilhões em benefícios previdenciários.
Durante a sessão, Jucimar contradisse versões anteriores, admitiu ter mentido em depoimento anterior e confirmou a existência de um “núcleo duro” dentro do INSS que atuava para blindar fraudes e perseguição política. Parlamentares da oposição chamaram o caso de “escândalo sem precedentes” e compararam o esquema ao Mensalão.
Após a decisão da CPMI, Jucimar Fonseca foi encaminhado à Polícia Legislativa e foi transferido para a carceragem da Polícia Federal em Brasília. A comissão ainda aprovou a quebra de sigilos telemático, bancário e fiscal do ex-coordenador.
