Manaus inicia construção do primeiro aterro sanitário com Investimento de R$ 20 milhões

Projeto de R$ 20 milhões terá vida útil de 20 anos e previsão de funcionamento em 2026

MANAUS, AM — Na última sexta-feira (17), a administração municipal de Manaus divulgou o andamento das obras do primeiro aterro sanitário oficial da capital amazonense, uma infraestrutura que visa solucionar a histórica carência no gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. A nova instalação está sendo erguida nas proximidades do espaço atualmente utilizado, localizado no quilômetro 19 da rodovia AM-010, na região do Lago Azul, na Zona Norte da cidade.

O empreendimento, que demanda recursos superiores a R$ 20 milhões, faz parte do programa municipal de gestão de resíduos e abrangerá uma extensão de 67 hectares, organizada em quatro unidades operacionais distintas.

De acordo com o planejamento definido através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecido junto ao Ministério Público, a expectativa é que a nova unidade comece a funcionar em fevereiro de 2026, com capacidade operacional prevista para duas décadas. A construção incorpora quatro níveis de impermeabilização que evitam a contaminação do terreno pelo líquido percolado, conforme informações apresentadas em inspeção técnica realizada com autoridades municipais e profissionais responsáveis pelo projeto.

O depósito de resíduos atualmente em uso na capital, operante desde os anos 1980, alcançou sua capacidade máxima em 2024, porém teve seu período de funcionamento prorrogado até 2028 mediante novo acordo judicial. A desativação da estrutura antiga ocorrerá de maneira progressiva. Com a implementação da nova infraestrutura, a gestão municipal assegura que conquistará independência na administração dos resíduos, diminuindo despesas e aprimorando a eficácia no processamento do lixo da metrópole.

O gestor municipal David Almeida enfatizou que a nova instalação dispõe de todas as licenças ambientais necessárias e aprovação judicial para sua edificação. O magistrado Moacir Pereira Batista, responsável pela Vara de Meio Ambiente do Amazonas, ratificou a regularidade do empreendimento, porém advertiu sobre possível interrupção caso surjam irregularidades posteriormente. Apesar de propostas para utilização de outra localidade, o poder público municipal considera o novo aterro a opção mais adequada e ecologicamente responsável para Manaus.