
EUA — Nesta sexta-feira (17), o presidente norte-americano Donald Trump concedeu perdão presidencial ao ex-congressista republicano George Santos, natural de Nova York e filho de imigrantes brasileiros. A medida judicial permite que Santos deixe imediatamente a penitenciária federal onde cumpria condenação relacionada a crimes de fraude digital e adulteração de documentos.
A trajetória criminal de Santos chamou atenção mundial quando investigações revelaram um extenso esquema de mentiras envolvendo informações pessoais, trajetória profissional e formação acadêmica. Essas falsificações foram estrategicamente utilizadas para captar recursos financeiros e conquistar eleitores durante sua campanha política. Mediante acordo com a Justiça, o político reconheceu ter praticado fraudes e utilizado indevidamente dados pessoais de aproximadamente dez indivíduos, entre eles membros da própria família, visando custear sua ascensão política ao Congresso Nacional americano.
Santos havia cumprido apenas pequena parcela da sentença imposta, com prazo inicial para apresentação à prisão estabelecido em julho, após sua destituição da Câmara dos Representantes ocorrida em 2023.
Através de suas plataformas digitais, Trump defendeu a decisão caracterizando Santos como alguém que “possui características de marginal”, porém ressaltando que “diversos marginais pelo país não recebem condenações de sete anos”. O mandatário republicano também afirmou que o ex-parlamentar sofreu “tratamento extremamente injusto” e permaneceu extensos períodos em isolamento celular. A publicação foi finalizada com votos de “Boa sorte, George, desfrute plenamente de sua existência!”, ratificando o ato que viabiliza a saída imediata do político do sistema prisional federal.
O ato presidencial provoca debates e manifestações diversas no ambiente político estadunidense, considerando a seriedade das infrações admitidas por Santos. Segundo o acordo pré-sentença firmado judicialmente, o ex-deputado havia assumido o compromisso de quitar aproximadamente 580 mil dólares em penalidades monetárias, aceitando simultaneamente a pena privativa de liberdade. A determinação judicial de abril estipulava que ele comparecesse até o dia 25 de julho para dar início ao cumprimento da punição. Anteriormente, em correspondência direcionada às autoridades judiciárias, Santos manifestou “arrependimento profundo” pelas ações criminosas, embora avaliasse a punição solicitada pelo Ministério Público como “excessivamente rigorosa”.


