
MANAUS, AM — O vereador de Manaus, Rosinaldo Bual (Agir), e a chefe de seu gabinete foram presos preventivamente em uma operação que investiga um esquema de rachadinha na Câmara Municipal. A ação cumpriu mais de 17 mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão. Três cofres foram encontrados em residências ligadas a Bual — na sua casa, na casa da mãe e em seu sítio —, e levados para perícia após o vereador se recusar a fornecer as senhas. Em um dos cofres, foram achados dois cheques que juntos somam mais de R$ 600 mil. Também foram apreendidos dois armamentos e aparelhos eletrônicos.
Segundo as investigações do Ministério Público do Amazonas (MPAM), mais de 100 pessoas trabalharam no gabinete de Bual desde o começo do mandato, recebendo altos salários, enquanto eram coagidas a devolver metade dos valores ao vereador, via dinheiro ou Pix. A quebra de sigilo bancário confirmou várias transferências para a conta pessoal de Rosinaldo Bual. O MP não detalhou a participação da chefe de gabinete no esquema. Os presos foram levados ao 19º Distrito Integrado de Polícia. A Câmara Municipal de Manaus confirmou a operação e reforçou seu compromisso com a transparência e a colaboração com órgãos de fiscalização.


