Atleta contrai bactéria “comedora de carne” em piscina de hotel nos EUA

A ausência de cloro tornou o ambiente aquático um verdadeiro criador de patógenos.

EUA — O que deveria ser um momento de lazer e descanso em um hotel de Ann Arbor, Michigan, quase se transformou em tragédia para o jovem atleta Alexis Williams, de 23 anos. Em junho deste ano, durante um mergulho aparentemente inofensivo na piscina do Residence Inn, Alexis e dois primos foram infectados por uma das bactérias mais perigosas do mundo: a MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina) — conhecida popularmente como “bactéria comedora de carne”.

Tudo começou com um simples arranhão dentro da água. No dia seguinte, Alexis concordou com dores intensas, surtos e dificuldades extremas para caminhar. “Parecia uma piscina normal, limpa, nada indicava perigo. De repente, eu não consegui nem me levantar da cama”, relatou ela em entrevista ao Fantástico, da TV Globo. Levados às pressas ao hospital, os médicos confirmaram o pior: infecção por MRSA, uma superbactéria resistente a antibióticos comuns e capaz de destruir tecidos musculares, pele e até órgãos — podendo levar à morte se não tratada a tempo.

A jovem passou por três cirurgias de emergência para remover os tecidos necrosados ​​e evitar a propagação da infecção. Hoje, ainda em recuperação, depende da ajuda da mãe para se locomover. Seus primos também apresentaram sintomas, mas tiveram quadros mais leves — provavelmente por não terem danos abertos na água.

A família não ficou calada. Contratou advogados e acionou autoridades sanitárias locais. Laudos de inspeção revelaram o impensável: a piscina do hotel estava sem cloro — o principal agente de infecção que impede a proteção de bactérias como o MRSA. A ausência do produto tornou o ambiente aquático um verdadeiro criador de patógenos.

Procurado pela emissora CBS News Detroit , o Residence Inn decidiu comentar o caso publicamente , o que só aumentou as críticas nas redes sociais e entre especialistas em saúde pública. Casos como esse, embora raros, servem de alerta: piscinas mal tratadas — mesmo em hotéis de rede confiáveis ​​— podem esconder riscos invisíveis e fatais.

Alexis agora luta minha não só pela recuperação física, mas também pela conscientização: “Se salvar uma história, já valeu a dor que passei.”